Desenvolvedor ou Usuário?

Olá amigos do PTI!

Esses dias andava vendo algumas matérias sobre compiladores e algumas das mais novas ferramentas de desenvolvimento que estão chegando ao mercado. E é claro, não pude deixar de olhar a ferramenta mais esperada por mim. E falando nela, alguém aí já viu alguma matéria sobre o Visual Studio 2010?

Para não desfocar do enredo principal, vou direto ao ponto. Qualquer, mas qualquer um conseguirá criar um formulário naquilo. E não é só no VS não.

Todas as ferramentas de hoje em dia estão oferecendo o famoso “arrasta-e-solta”. O VS, por exemplo, permiti-lhe criar mais de 12 componentes e quase 500 linhas de código, todas documentadas, na criação de uma base de dados. É DataSource pra cá, TableAdapter pra lá, OleDbConnection acolá e SqlCommand pra não sei quantas mil linhas.

Qual o objetivo disso tudo? Praticidade.

Isso é tão verdade, que as empresas estão criando seus próprios frameworks, para muitas vezes, espantar a demanda de serviços considerados repetitivos, como arrastar um botão e dar-lhe uma função. Está deprecado! As ferramentas estão fazendo tudo, e não se costuma demorar mais de 5 minutos para tais tarefas. O mercado não aceita mais que isso. O mercado NÃO se adapta a isso. Por isso que snippets e frameworks estão cada vez mais sendo utilizados, para que a idéia de reinventar a roda seja banida dos conceitos contemporâneos.

Agora paramos para pensar. Um usuário um pouco mais “metido”, já cria um form, arrasta botões, define propriedades, monta wizards e até Windows Services se souber por onde começar. E isso tudo sem uma linha de código sequer.

E onde ficará nossa função de programadores? Onde nós, os OSP – Old School’s Programmers – iremos parar?

Fico feliz em dizer que é na regra de negócio, na engenharia de software e em todas as camadas que demonstram o core do Sistema. Essas ferramentas estão eliminando cada vez mais a chatice, e por sua vez, o mercado sofre com isso. “Programadores de Interface” estão deixando de existir, e o pulo do gato está sendo o conhecimento, a lógica e o desenvolvimento das técnicas programáticas.

Será que o termo “programador” é bem empregado agora? Será que Desenvolvedor não seria a palavra certa?

É pensando nisso tudo que acho que eu deveria ter sido fazendeiro que nem meu pai me disse.

Um grande abraço.

Marcelo Bernart Schmidt

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Programador .NET certificado MCP, MCTS F2.0, MCTS F3.5 e MCTS W2.0 nas linguagens VB.Net e C#.Net. Tem como hobbie ministrar cursos de programação em C# e orientação a objeto. O pai de Marcelo gostaria que ele fosse fazendeiro, fato ao qual não se concretizou. Marcelo ainda sente remorso do conselho do pai ao ver um programa com problemas de compilação.


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