Netflix chegou e trouxe na mala mais notícias boas do que más!

O tão temido dragão vermelho finalmente pousou em terras brasileiras. Há tempos todo o mercado de vídeo e a imprensa especulava sobre o momento em que isto iria acontecer, e todos temiam muito por isto. Aconteceu, e aí?

A gigante de distribuição de vídeo sob demanda e líder do mercado americano apostou primeiro no mercado sul-americano – diga-se, Brasil – antes mesmo de ir para mercados mais maduros, como o europeu. Tirando questões econômicas e o bom momento do Brasil de lado, esta decisão não foi bem compreendida. Existe uma linha de raciocínio que aposta que ela simplesmente manterá o serviço por aqui a um nível mínimo suportável e investirá por lá. Será que é por isto que está com tão pouco conteúdo disponibilizado? Enfim, isto nós conseguiremos saber somente no futuro.

Bom, semanas após o pouso forçado por aqui, o que conseguimos ver é que a fera não é tão amedrontadora assim. A tecnologia de streaming é boa, mas aqui já temos a primeira boa notícia: nada que não tenhamos aqui. Já dispomos no Brasil de serviços lançados com a mesma tecnologia de smooth streaming (aquele que envia a melhor qualidade de vídeo de acordo com a sua banda) e protegido por Playready (um DRM de última geração). E ainda temos até alguns produtos como a possibilidade de baixar o arquivo e transportá-lo, que eles não possuem. Acreditem: aqui no Brasil isto é mandatório!

A segunda boa notícia é que com tão pouco conteúdo é difícil impressionar. Se ela que já possui acordo com vários distribuidores multinacionais não está conseguindo liberar o conteúdo é porque tem ‘boi na linha’. Seria basicamente uma extensão de direitos para a LATAM e pagamento de valores adicionais de mínimos garantidos. Se dinheiro não é problema para eles, então o que está acontecendo?

A terceira boa notícia é que a Netflix é muito conhecida por… poucos. A marca é referência para quem trabalha no mercado, mas para a grande população ela não existe. Serão necessários investimentos colossais para posicionar a marca por aqui. Isto será muito bom, porque junto com a marca, será necessário comunicar para o público que vídeo sob demanda existe no Brasil e é possível acessá-lo facilmente.

Para balancear, a má notícia é que eles têm sim muito dinheiro para pagar conteúdo e fazer marketing. A questão é quanto vão querer investir por aqui neste momento. E dinheiro por dinheiro, nós aqui no Brasil também temos empresas com potencial de investimento para brigar de igual pra igual. Basta querer apostar no mercado. E o mercado é greenfield, não tem líder e está completamente aberto para quem quiser destampá-lo. Tecnologia para isto nós temos.

E sobre a concorrência que ela enfrentará, podemos resumir que o ‘inimigo de meu inimigo é meu amigo’! Grandes empresas estão empenhadas em dificultar muito a vida na Netflix por aqui, e vão conseguir!

*Marcelo Spinassé é CEO da Truetech

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