Como criar um ambiente inovador na sua empresa

Neste post, vamos falar sobre inovação, a válvula propulsora de novas tecnologias e de invenções malucas que podem dar certo e serem bem lucrativas.

Nos dias de hoje, onde o avanço tecnológico é muito rápido e existe muita concorrência, as empresas precisam ter sempre um diferencial para se destacarem no mercado e se manterem vivas.

Mas como conseguir inovar se o ambiente de trabalho do setor de TI é sempre corrido, com inúmeros projetos com prazos definidos e apertados, atrasos constantes e muitos bugs para serem resolvidos?

Imagem via Shutterstock

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Para que a inovação exista, sua empresa deve dar segurança para os profissionais que errarem pois, errar faz parte do aprendizado e da tentativa do acerto. Muitas empresas trabalham ceifando a criatividade de seus colaboradores por ter uma cultura antiquada que procura sempre um culpado para algo que deu errado, e pior ainda, punem este culpado.

Temos exemplos de grandes empresas que faturam bilhões por sempre inovar. Apple, Microsoft, Google e Facebook fazem parte deste seleto grupo, enquanto temos o exemplo da Nokia como uma empresa que parou no tempo. Antes dona do mercado de celulares, não buscou a inovação por achar que continuaria no domínio do mercado por muito tempo ainda, e aí, surgiu um novo sistema operacional criado pela Google, aquele do “maldito” robozinho verde, e acabou com o seu reinado. Simples assim.

Mas, o que é inovação?

Inovação significa novidade ou renovação. A palavra é derivada do termo latino “innovatio”, e se refere a uma ideia, método ou objeto que é criado e que pouco se parece com padrões anteriores.

Christopher Freeman (economista Inglês que foi um dos maiores pesquisadores dos estudos da inovação), define a inovação como um processo que inclui as atividades técnicas, concessão, desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização de novos (ou melhorados) produtos, ou na primeira utilização de novos (ou melhorados) processos.

Como podemos ver, a inovação pode ser classificada em tipos de inovação:

  • do produto, mais conhecida como inovação tecnológica: onde se introduz no mercado novos ou melhorados produtos ou serviços;
  • do processo: onde temos a melhoria ou a criação de novos processos, sejam eles de produção, de administração ou técnicos;
  • da organização: onde surgem novos métodos de prática de negócios, de trabalho ou relações externas;
  • de marketing: onde surgem novos métodos de marketing, que auxiliam nas vendas, na criação e na promoção de produtos e serviços.

Entendendo o que é inovação e onde ela atua, podemos ver que uma empresa, para se tornar inovadora, precisa modificar seus processos, sua organização, a forma como divulga e como cria seus produtos. Acho que isso não deve ser fácil…

Tornando a TI inovadora

Bom, os profissionais de TI são profissionais do pensamento, as empresas pagam pelo que sai da mente destes profissionais, então, porque não utilizar isso? Muitas empresas, nos seus processos de desenvolvimento de produtos, acabam não utilizando estes profissionais como devem ser usados. Por exemplo, quando tem uma reunião de definição de um produto, geralmente quem vai é o gerente de projetos, ele já passa o prazo e define o produto, aí quando o desenvolvedor recebe o projeto, ele não sabe nem do que se trata, e pior, nem foi consultado sobre o prazo… E aí, isso vai minando a criatividade e a motivação destes colaboradores, aumentando os bugs e o índice de turnover.

O primeiro passo para estimular a inovação, é deixar a TI alinhada com os objetivos da empresa. Caso a empresa tenha um planejamento de em um ano faturar mais X, isso precisa ser comunicado a TI e a TI precisa ter toda a liberdade de ajudar a empresa a alcançar este objetivo, seja por meio de novos produtos ou até mesmo pela mudança em processos.

failFast

O segundo e não menos essencial, é o que o mundo ágil chama de “fail fast succeed faster”, onde é conhecido que para se chegar ao sucesso, as falhas vão ocorrer e isso é completamente normal. A empresa precisa parar de encontrar culpados para falhas e dar total confiança e liberdade para que os profissionais tentem inovar, sem medo de errar. Na General Eletric, um grupo de funcionários cometeram um erro em uma aplicação de TI que ocasionou na perda de alguns milhares de dólares, porém, este erro descobriu uma falha que poderia causar um dano maior e estes funcionários receberam um prêmio pelo erro. Muito louco isso não? Mas isso estimula bastante a inovação, porque assim, os colaboradores não têm medo de errar na busca do acerto.

E que tal começar a prototipar produtos antes deles serem efetivamente desenvolvidos? Sabemos que para se ter sucesso, não basta apenas uma ideia inovadora, é preciso validar esta ideia. Empresas com HP e outras já perderam dinheiro investido por achar que uma grande ideia de um produto supostamente inovador traria muitos lucros. Imagine que sua empresa gaste tempo e dinheiro em um produto destes e ao colocar o produto no mercado, ninguém compra a ideia, isso não é nada ágil. Para que isso não ocorra, faça protótipos e coloque estes protótipos à prova, validando as hipóteses antes de investir tempo e dinheiro, assim, com seu protótipo validado, o caminho do sucesso fica mais palpável.

Até que é bem legal esse lance de ser inovador. Seguindo essa linha de raciocínio, sua empresa só tem a ganhar. Além de se tornar inovadora, será ágil e, com certeza, reconhecida no mercado por ter um bom ambiente de trabalho. Criar uma cultura disruptiva faz parte da adoção de metodologias ágeis.

“Inovação é fazermos melhor o que fazemos hoje, de forma que se torne obsoleto.” – Akio Morita, cofundador da Sony Corporation.

Publicado Originalmente em Do Agile

Rafael Auday

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Bacharel em Sistemas de informação pela UNESA, agilista, apaixonado por tecnologia, trabalho com desenvolvimento de software desde 2005.
Certified Scrum Master pela Scrum Alliance, trabalho com metodologias ágeis desde 2010.
Atualmente atuo como Gerente de Produtos Digitais/PO na Concrete Solutions.


4 Comentários

Gustavo
1

Meu Deus que artigo horrível!!
Já li artigos ruins (minoria) aqui na PTI, mas esse foi “pracabá”.

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