Retorno das entrevistas, um ato de respeito

Quem já não fez alguma entrevista e está até hoje esperando o retorno do recrutador? Eu! E acredito que, infelizmente, muitos de vocês também.

Portanto, neste texto falaremos sobre essa atitude comum a muitos recrutadores no mercado.

Eu já vivenciei os dois papéis abordados nesse contexto: entrevistador e entrevistado. Em ambos, a transparência e o respeito ao outro fundam os pilares dessa relação.

Geralmente, só existem dois cenários para alguém buscar um emprego: a pessoa está desempregada ou deseja mudar de empresa. Para ambos há um desgaste por parte do entrevistado: se estiver desempregado, está controlando seus gastos, logo, o custo da passagem (e do lanche algumas vezes em processos demorados) é um problema.

Caso esteja empregado, possivelmente, precisou “fugir” do expediente para ir à entrevista. Estes são apenas alguns exemplos de empenho que os entrevistados dedicam à empresa ofertante da vaga a ser preenchida. Ainda tem o fator emocional: expectativa, esperança, autoconfiança todas essas emoções são colocadas em prova durante um processo seletivo.

Ninguém gosta de ser esquecido, ignorado, isso abala o emocional de qualquer um.

Então, mediante todas essas constatações, eu peço a você, recrutador, que respeite aqueles que se dispõem a atender seu chamado e comparecem as entrevistas. Todos vamos conscientes que podemos ser aprovados (ou não), portanto, um simples e-mail agradecendo a participação e informando que o mesmo não foi aprovado é um sinal de respeito a todos os candidatos.

Pratiquem, nós, os entrevistados, os agradecemos.

Sucesso na nossa trajetória!

Carolina Souza

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Psicóloga (CRP 06/203773) e Especialista em Gestão de Projetos (PMP) atua há décadas no mundo empresarial. Certificada CPRE, SFC, ITIL com profunda experiência nas áreas de Engenharia de Requisitos, Análise de Processos e Desenvolvimento de Equipes de Alta Performance. Palestrante. Colunista no PTI desde 2013 sempre colaborando com artigos focados no desenvolvimento profissional dos leitores e gerentes de projetos em início de carreira.

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4 Comentários

Marcelo
1

Faz seis meses que estou procurando emprego depois de ter trabalhado quase 10 anos para uma empresa e nunca vi tanta falta de respeito com o ser humano como estou vendo agora. As consultorias de RH e as empresas simplesmente não cumprem os prazos de resposta, não dão resposta, não dão feedback, é incrível como não estão nem aí com o candidato. Começo a participação nos processos seletivos super animado e, no final, com o silêncio que se instaura, termino me sentindo um lixo. Sinto como se eu estivesse em uma montanha-russa, haja estrutura para suportar tanto descaso. Uma amiga minha, recentemente, foi feita de gato e sapato em um processo seletivo do qual ela estava participando, no qual nenhum prazo informado pela empresa foi cumprido, nenhum telefonema foi dado conforme eles prometiam, os e-mails dela perguntando sobre o processo sequer foram respondidos, enfim, uma completa palhaçada. No final de tudo ela acabou sendo aprovada, mas iniciou o trabalho na nova empresa em frangalhos, abalada emocionalmente, pois são muitas as feridas a serem curadas provocadas não só pelo processo do qual ela participou, mas por outros anteriores, pois a história é sempre a mesma. Os responsáveis pelos processos seletivos, cada dia mais, demonstram não terem a mínima consciência de que, do outro lado, pode estar uma pessoa sofrendo duramente por todos os problemas ocasionados pelo desemprego, e não vejo nenhuma perspectiva de melhora nesse sentido.

Carolina Souza
2

Olá Marcelo,
É muito triste ler relatos como o seu, passei por isso e conheço bem essa sensação ruim. A sua amiga enfrentou uma situação bem complicada mesmo. Eu sinto muito por ver colegas enfrentarem diariamente essas questões, devido exclusivamente a falta de respeito do recrutador, o mínimo indispensável a qualquer ser humano.
Não consigo encontrar uma forma de combater essas atitudes nocivas ao bem estar físico e emocional de quem passa por um processo seletivo porque por mais que a gente fale e demonstre parece que não somos ouvidos.
Desejo boa sorte a você, sua amiga e a todos que estão lidando com estas situações.
Que a gente consiga ter resiliência para superar tudo isso.
Forte abraço.

Marcus
3

Gostei muito do texto. Apesar de ser funcionário público concursado, tenho procurado um segundo emprego na área de escolas particulares para complementar minha renda. Participei de processos seletivos, e vejo quase sempre recrutadores e profissionais despreparados e confusos demais, que não transmitem segurança alguma no que falam. Além disso, as empresas quase nunca jogam limpo ao falar das etapas e de seus prazos. Para alguém que as imaginava como organizadas e muito profissionais, foi um choque.
Dizer que faltam recursos e tempo para dar um retorno às pessoas é mentira. No setor público (na repartição onde trabalho, pelo menos), o contribuinte faz uma solicitação e sai com um prazo para obter uma resposta seja ela qual for. Caso ele não retorne, nós retornamos. E somos treinados para isso, com cursos e reciclagens (coisas que parecem corriqueiras nas empresas privadas, mas descobri que não são).
Enfim, além de antiprofissional, é uma insensibilidade não dar qualquer retorno a um candidato a uma vaga de emprego.

Carolina Souza
4

Olá Marcus,
Obrigada pelo comentário.
O seu relato é muito comum, conheço pessoas que só tinham experiência no setor público e quando vieram para o privado se assustaram com a realidade – bem diferente da fantasiada nos anúncios de revistas técnicas.
Uma triste realidade nossa.
Boa sorte na sua busca.
Sucesso!!
Abraços,
Carolina.

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