De volta ao mercado, mas não voltei a mesma

Bom, no meu último texto dividi com vocês a minha situação de desemprego e a experiência difícil que enfrentava por conta disso. E, hoje, venho compartilhar que estou de volta ao mercado. Consegui uma alocação depois de um longo ano desempregada.

Retornei ao mercado de TI em uma das áreas de atuação na qual sou especialista, mas não voltei a mesma. E é sobre essa mudança que quero conversar com vocês.

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Nós sabemos que a empresa dos sonhos não existe, mas muitas vezes agimos como se não soubéssemos disto. Este mês li uma matéria sobre as reclamações de ex-funcionários da Google, que confirma essa sentença e nos mostra que alguns problemas se repetem em menor ou maior escala até nas consideradas empresas dos sonhos.

Portanto, o que precisa mudar é a nossa forma de lidar e encarar esses velhos problemas e novos desafios. O segredo reside em fazer diferente – este é o nosso maior (e constante) desafio. Por isso, quando você mudar de empresa ou de setor e se deparar com antigos problemas (de processo, de gestão, de pessoas, de ambiente, etc) não desanime; não pense que é tudo igual; que você não vai ser feliz de novo; que de nada adiantou mudar; e, se for um retorno ao mercado depois de um longo período de desemprego (como foi o meu caso) aí sim que você precisa combater esses pensamentos limitantes e desanimadores.

Pense sempre que você não é mais o mesmo. Assim como eu não sou. Hoje, aprendi que problemas existirão sempre em qualquer lugar, mas, não julgo as pessoas, não desanimo quando vejo os mesmos erros, pelo contrário, penso que estou ali com a minha experiência para mostrar que existe uma forma melhor de fazer o trabalho, sugerir novas perspectivas, mostrar outros caminhos. Deixei de praticar essas atitudes com a postura de quem domina uma área de conhecimento e quer impor sua forma de atuar. Apresento esses novos caminhos como alguém que já vivenciou aquilo e conseguiu superar os obstáculos por conta do conhecimento adquirido. E trago essas ideias para serem sempre debatidas, pois, cada ponto de vista é relevante e deve, no mínimo, ser escutado.

O teólogo Leonardo Boff disse em um de seus livros a seguinte frase: “Os olhos veem de onde os pés pisam” e, se você parar para analisar essa frase e aplicá-la a sua realidade verá que seus pés hoje pisam em um outro lugar, não mais naquele da experiência passada, onde você estava na antiga empresa, no antigo setor, na função anterior. Hoje, você está em outro lugar. E é deste novo lugar que seus olhos devem ver a situação atual, e, mediante essa nova perspectiva que precisa se reinventar e descobrir novas formas de agir para que sua história não recaía nos antigos problemas.

Você mudou. A situação mudou. A empresa mudou.

Então, não aja como antes. Faça diferente.

Boa sorte a todos nós. Sucesso!

Em tempo, quero deixar registrada minha gratidão por todos os comentários e mensagens no Linkedin deixados por vocês referente ao texto passado. Mesmo fora do mercado me senti acolhida pelos meus colegas de TI.

Carolina Souza

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Psicóloga e Especialista em Gestão de Projetos (PMP) com mais de 15 anos de vivência no mundo empresarial. Ajudo pessoas a evoluírem em suas carreiras desde 2016 com meu serviço de mentoria personalizado. Compartilhar o meu conhecimento para que outras pessoas também sejam felizes em seus trabalhos traz sentido para os meus dias. Conecte-se comigo no Linkedin e vamos aprender juntos.


10 Comentários

Renan Machado Denardi
1

Olá, me chamo Renan Machado Denardi e sou aluno de graduação em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Acompanhei o seu texto passado e me coloquei em seu lugar. Uma situação bem delicada. Mas você mostrou que és uma grande profissional, não desanimou e voltou ao mercado. Parabéns!

Carlini
2

Parabéns Carolina!
Desejo sucesso nessa nova jornada, e o que disse de novos lugares, problemas antigos é muito verídico, quando mudamos de empresa, ás vezes por um salário maior ou uma empresa maior com um plano de carreira, depois de algum tempo nos deparamos com aqueles mesmos problemas da empresa antiga.. é complicado e tem que saber lidar, se não acaba estagnado na empresa.
abraços.

Marcel Pigozzi
3

Parabéns Carolina! Não é fácil enfrentar o desemprego, ainda mais nessa época de crise. Mas você superou e deu a volta por cima. E concordo com seu artigo: temos que nos adaptar e encarar os problemas, sejam eles repetidos ou não, sejam eles de gestão, de processos, de pessoal, etc. Boa sorte nessa nova empreitada! Sucesso!

Fernando Rego
4

Excelente! Adiciono que não só numa empresa, mas em tudo se pode melhorar, conforme o ângulo de visão, o sentimento e a vontade. Parabéns e bom trabalho nos novos desafios.

Carolina Souza
6

Olá Carlini,
Obrigada pelo comentário.
É mesmo, se a gente não souber lidar com essas situações corremos o risco de estagnar. E aí complica tudo.
Abraços.

Carolina Souza
7

Olá Marcel,
Obrigada pelos votos e pelo comentário.
Não foi fácil mesmo, mas o apoio de vocês contribui para me dar força e não me deixar esmorecer.
Abraços.

Carolina Souza
8

Olá Fernando,
Obrigada pelo comentário.
Ter esse pensamento de sempre poder melhorar é fundamental para conquistarmos a resiliência e seguir sempre em frente, por mais difícil que seja a situação.
Abraços.

Carlos Magno
9

Pensei que o texto seria mais direcionado a questão do impacto que o período de ociosidade, enquanto desempregado, pode causar em sua performance, auto estima etc. pois é justamente isto que vem me preocupando e muito. No momento me encontro desempregado há 5 meses e já não faço mais idéia do que eu posso almejar e até mesmo render. Uma sensação muita estranha.

Carolina Souza
10

Olá Carlos,
Obrigada pelo feedback. Sinta-se a vontade para sugerir temas para os próximos textos.
Quanto ao seu sentimento, quero dizer que compreendo muito bem, também senti isso durante o meu período desempregada. Mas, hoje, após retornar posso lhe afirmar que nosso desempenho não caí pelo contrário ele vem com toda força. Você renderá e produzirá tudo aquilo no qual se empenhar e de engajar em fazer, não duvide de si mesmo.
Seja o seu maior incentivador, afinal de contas, ninguém conhece o seu potencial mais do que você que estudou, batalhou e se preparou para exercer sua profissão.
Também sei que não é fácil seguir essa recomendação, mas acredite, vale a pena.
Esse período difícil será superado. Tenha fé em si.
Boa sorte.
Abraços.

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