Uma TIC motivada pelo Caos?

caosCaos? é CAOS é algo que, com relativa frequência, nos deparamos quando inseridos neste contexto chamado TIC (Tecnologia da Informação e Comunicações).

Definições singelas para caos, incluem mas não se limitam:

  • (Mitologia) espaço limitado e amorfo que precedeu à criação do cosmo.
  • (Figurado) confusão, desordem.

Do que pode-se concluir que sendo anterior ao cosmo “já estava” por estas bandas a longa data, ou para simplificar: confusão.

De certa forma, a TIC propicia isso quando aborda determinados assuntos de forma relapsa, como exemplifica o Fernando no post “Porque é que nas TI é este caos?“. Neste post, alguns pontos chamam a atenção para a origem do problema, sendo os principais:

  1. A imaturidade da indústria
  2. A velocidade da evolução tecnológica
  3. A falta de recursos humanos
  4. O risco relativamente reduzido
  5. A iliteracia informática
  6. O caos que gera a ordem

Sendo este último uma visão que, por mais distorcida que possa parecer, não deixa de ter crédito.

Não raro somos brindados com situações conflitantes e, quase cômicas, se não fossem trágicas. O caso que Marcos Junqueira comenta, no post: “O Caos Caótico” não é único, talvez seja apenas um bom significante para alguns de nossos ícones.

Claro que, uma boa parte disto pode ser creditada aos próprios profissionais que compõem a ‘classe’ mas isso seria imputar uma responsabilidade que pode ter como origem a entidade chamada ‘corporação’ e não efetivamente nos que a compõem.

Tomarei um exemplo que, se não explica nada além do que lemos, dá uma noção de origens para o que discutimos:

Magneti Marelli previu colapso e investiu em e-mail

Quanto tempo os funcionário de sua empresa conseguem ficar sem o serviço de correio eletrônico? Mesmo não sendo a aplicação de missão mais crítica no ambiente corporativo, a ferramenta tornou-se crucial no dia-a-dia. A fabricante de componentes automotivos do grupo Fiat, Magneti Marelli, quase viveu na pele os problemas que um colapso de seus sistemas de e-mail poderiam causar.

A elevada demanda de comunicação com clientes, fornecedores e entre as suas unidades fabris começou a “pregar peças” à área de TI da companhia em meados de 2006. O volume de mensagens trocadas pelos 2,3 mil usuários do serviço passou a ocasionar paradas frequentes do serviço. A companhia utilizava o Exchange 5.5 e, na época, a Microsoft sinalizava a descontinuidade da versão. “Ficamos com receio de que aquilo pudesse acabar em um crash e não teríamos mais contingência ou suporte”, sintetiza Marcos Tadeu Rolim de Goes, CIO da Magneti Marelli.

A preocupação do executivo quase se transformou em pesadelo em duas ocasiões. “Uma quarta-feira à tarde o sistema parou, retornando apenas na segunda-feira“, revela o CIO, que sintetiza: “Foi o caos“. A segunda situação, menos crítica, ocorreu numa sexta-feira pela manhã, com o sistema se restabelecendo nas 24 horas seguintes. “Tivemos problemas na base de todas as mensagens. Fizemos backup e o disco travou. Perdemos acesso às mensagens armazenadas“. Foi o momento do basta.

Note que tomo o exemplo apenas para direcionar o fundamento da origem, poderia ter adotado inúmeros outros – mas confesso que este me chamou a atenção em especial por ser um press release recente (data de: 13/04/2009).

Finalizando, uma última definição para caos que creio feche com o exposto:

“criação molecular incessante e continuamente em transmutação de genes que subvertem o sistema caórdico (caos + ordem) para transcender mudanças.

E a dúvida fica: “é assim que caminha a humanidade?”

Forte abraço!

Marco Aurélio Neuwiem

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Marco Aurélio Neuwiem é brasileiro com cidadania polonesa e tem trabalhado há 15 anos com tecnologia da informação no Brasil. Já foi desenvolvedor, analista, gerente de projetos e vendedor. Atualmente se dedica a projetos de inovação que façam Santa Catarina ser referência em Tecnologia da Informação.

Saiba mais em: http://about.me/neuwiem


4 Comentários

AMadeus
1

A idéia do post é interessante, mas o teor pseudo-científico dessa última definição exposta é terrível! Qual a fonte disso?

Marco Aurélio Neuwiem
2

AMadeus, a ideia jamais foi imputar um teor científico haja visto que não adotei qualquer método nem mesmo um rigor que possibilitasse isto. Diria até que não passa de protociência pois detêm poucas especulações.
De qualquer forma, concordo com tua opinião: a definição final poderia ser muito melhor – Podes encontra-la aqui:
http://pt.wiktionary.org/wiki/caos

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