Computador como ferramenta para construção do conhecimento em sala de aula

No inicio praticava-se informática na educação capacitando o aluno para a utilização do computador como equipamento de processamento de dados, ou seja, buscava-se uma formação técnica para a operação do aparelho.

Com o passar dos tempos observou-se no computador a possibilidade de utilizá-lo como um grande aliado nas atividades pedagógicas. E com mais otimismo, pode ser um meio para a uma mudança necessária no tradicional modelo educacional de métodos ultrapassados.

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O mundo evoluiu, passamos uma revolução industrial caracterizando o modernismo, hoje vivemos em uma era pós-moderna, dominada por equipamentos de imagens interconectados. Nesta linha olhamos o nosso modelo educacional, ele acompanhou as evoluções? Ou melhor, agregou os recursos das novas tecnologias ao seu favor? Deixo algumas perguntas para serem questionadas.

Muitos teóricos da educação, alguns de épocas passadas, debatiam e defendiam a necessidade de um modelo educacional voltado para a construção do conhecimento, onde o professor é o facilitador, e o conhecimento se constrói na troca de experiências de forma colaborativa, práticas onde os alunos acabam fazendo parte do processo de ensino-aprendizagem. Diferente da tradicional forma de ensino em que o professor detem o conhecimento, onde transmite de forma unilateral as instruções aos alunos.

Mas apenas inserir o computador no cenário escolar, de forma alguma irá garantir a transformação do modelo de ensino. O que acontece muitas vezes, ele apenas acaba por informatizar os processos de ensino vigente, bem definido pelo Professor Paulo Gileno Cysneiros como “Inovação Conservadora”. Mais do que nunca, a utilização do computador como uma ferramenta de construção do conhecimento depende da busca e comprometimento tanto do aluno como do professor.

Já observei alguns professores com a preocupação de que o computador pudesse tomar o seu lugar, isso de forma alguma, jamais este espaço humano será ocupado pelas máquinas. O que arrisco afirmar, é que, a cada dia precisaremos sim de educadores mais preparados, comprometidos e afinados ao seu tempo. Pois algumas tecnologias trazem saídas e levantam problemas, e o responsável pelo ponto de equilíbrio é o nosso estimado professor.

Hoje com toda conexão existente, com a evolução da rede de internet, o professor pode desafiar o aluno a aprender mesmo fora da sala de aula. As TICs (tecnologias da informação e comunicação) oferecem novas possibilidades, como de interação, relação, informações instantâneas, um mundo em nossas mãos.

No ambiente educacional não visualizo mais o professor de informática, e sim todo o corpo docente se utilizando do computador para criarem processos de ensino-aprendizagem dentro da sua disciplina e conteúdo. Tornando as práticas mais atrativas, com o aluno mais autônomo dentro das metodologias, com maior atividade dentro do processo e uma maior liberdade de criação.

Muitos são os recursos dentro de um ambiente educacional que podem promover uma forma construtiva de aprendizagem. Cito algumas, criação de blogs, fóruns, interação em redes sociais, aplicações e linguagens de construção como a “linguagem logo”, manuseio de ambientes e experiências virtuais, entre diversas outras ferramentas.

No próximo artigo trarei grandes cases do bom uso das novas tecnologias na educação.

Celso Pimentel

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Pós-graduando PUC-RS “Informática na Educação”
Graduado em Redes de Computadores
Coordenador Curso Técnico em Informática - Colégio Evangélico Martin Luther
Instrutor de Informática SENAC-PR


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