TI Verde: Sustentabilidade na área da Tecnologia da Informação

Este é o resumo de um trabalho científico. A pesquisa de campo realizada teve como principal objetivo analisar o conhecimento das pessoas sobre as práticas da TI VERDE. A metodologia utilizada foi de ordem quantitativa e qualitativa: foram aplicados questionários a gerentes e técnicos da área de TI de empresas de diversos ramos de atuação no estado de Pernambuco.

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A TI Verde – Tecnologia da Informação Verde, surgiu em 2005. É um termo mais recente que o conceito de sustentabilidade, usado pela primeira vez em 1972 e difundido pela ONU em 1985. Com a evolução da Tecnologia da Informação acontecendo de forma muito rápida, os equipamentos tornam-se obsoletos em pouco tempo de uso, com isso, questiona-se: o que acontece com esses equipamentos? onde serão descartados? Muitos computadores vão para o lixo comum, no qual podem despejar várias substâncias tóxicas e com isso agredir o meio ambiente, prejudicando tanto a saúde humana quanto a vida de outros seres.

Outra forma comum de descarte é a incineração, onde a fumaça produzida prejudica a atmosfera com substâncias inadequadas para a natureza. Por esses e outros motivos surgiu o conceito TI Verde, que é um conjunto de políticas e práticas capazes de garantir que a atividade de uma empresa atinja o menor impacto ambiental possível, viabilizando menores gastos de energia, economia dos recursos e matéria prima especializada através da utilização de normas e padrões “verdes”.

Mesmo que a TI Verde não esteja sendo praticada por todos, a importância do conceito cresce na sociedade, pois a sustentabilidade é uma preocupação constante. Todas as empresas pensam em um modo de se tornarem sustentáveis, já que a preocupação ambiental é assunto recorrente.

Um computador ligado uma/hora por dia consome 5kwh/mês, e que ao final de um ano, emite 18 kg de CO² no ambiente, isso significa que ao se reduzir uma hora do tempo de operação de um computador doméstico, implica na redução da emissão de CO² equivalente à emissão de um carro a gasolina percorrendo 120 km/h (AKATU, 2011).

CONCLUSÕES

Na percepção da maioria dos entrevistados, as organizações em que eles trabalham não conhecem ou não se preocupam com as práticas da TI Verde, embora ainda alguns utilizem deste sistema de gestão ambiental. Algumas práticas simples, como por exemplo, a utilização de controle de gastos de energia, papel e descartes de equipamentos, demonstram que as organizações, mesmo sem conhecer as práticas, já aplicam algumas iniciativas, contudo ainda é irrelevante diante do que se propõe na TI verde.

Percebemos também que mesmo com o pouco conhecimento nas práticas da TI Verde, na sua maioria, os entrevistados não pensam em implantar as prática em suas organizações, demonstrando despreocupação com a sustentabilidade.

Diante do exposto, faz-se necessário repassar os conhecimentos das práticas de TI Verde de forma a articulá-las efetivamente a uma política estratégica de implantação de uma cultura de sustentabilidade nas empresas.  Entende-se que estas políticas e práticas devam ser parte não só da estratégia, mas da cultura das organizações em todos os seus ambientes, para que não só os profissionais de TI conheçam, mas sim, todos que fazem parte da organização.

A TI Verde ainda divide opiniões. As práticas não são fáceis de serem implementadas, mas devem fazer parte de uma nova cultura na área de TI, com isso, ganham os profissionais de TI, as organizações e o ambiente como um todo.


Artigo completo (com pesquisa completa) disponível aqui.

Autores:

  • Flávio Luiz de Azevedo BRAYNER
  • Paulo Gustavo Sabino RAMOS
  • Patrícia Verônica de Azevedo BRAYNER

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