Vamos Planejar? #8: Planejamento do Tempo, Definição de Atividades e Sequenciamento das Atividades

Leia também: Parte 1, Parte 2, Parte 3, Parte 4Parte 5, Parte 6, Parte 7

Iniciando o Planejamento do Tempo

Iniciarei com este artigo a apresentação dos processos da gestão do tempo de forma ampla. O planejamento do gerenciamento do tempo é uma sequência natural do planejamento do escopo. Tão logo tenhamos definido a linha de base do escopo (declaração do escopo, EAP e dicionário da EAP), podemos começar a planejar o gerenciamento do tempo. Não é necessário ter a linha de base do escopo, apenas o termo de abertura do projeto e o plano de gerenciamento do projeto. Podemos evoluir no planejamento do tempo conforme o próprio projeto evolui, por meio de ondas sucessivas, portanto a linha de base do escopo pode surgir ainda em um segundo momento do planejamento.

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O Que Deve Conter o Plano de Gerenciamento do Tempo?

O plano de gerenciamento do cronograma deve conter o desenvolvimento do modelo do cronograma do projeto, nível de exatidão esperado para o cronograma, unidades de medida, associações com procedimentos organizacionais, limites de controle, regras para medição do desempenho, formato dos relatórios e a descrição dos processos de gestão do tempo.

Planeje Antes, Faça Depois

Assim como o escopo, com o tempo iremos montar uma linha de base e fazer o controle da execução das atividades para orientar o trabalho de maneira correta. Logo após termos definido os pacotes de trabalho na EAP podemos iniciar a definição das atividades. Como você vai relacionar os processos de definição de atividades e a criação da EAP deve fazer parte do seu plano de gerenciamento do tempo, por isso é importante planejar o gerenciamento antes de iniciar processos mais práticos ainda dentro da etapa de planejamento.

Recapitulando: você criou sua EAP e a linha de base do escopo, já tem seu plano de gerenciamento do tempo e agora irá definir as atividades do projeto com base nos pacotes de trabalho da EAP. Por meio da decomposição iremos gerar uma lista de atividades, uma das saídas deste processo. Outra saída importantíssima deste processo são os atributos das atividades, que se referem a questões como descrição da atividade, responsável, recursos estimados, qualidade esperada e assim por diante. O processo de definição das atividades já busca preparar o terreno para os processos subsequentes, como o sequenciamento e a estimativa dos recursos – que resultarão na construção do cronograma do projeto após a estimativa da duração das atividades. Também é uma saída da definição das atividades a lista de marcos, ou milestones, do projeto. São atividades com duração zero que representam premissas ou requisitos do cliente, etapas, fases do projeto que precisam ser cumpridas e podem ser definidas antes mesmo do projeto começar por parte dos patrocinadores ou pelo cliente.

Depois de Planejar a Definição das Atividades e Executar o Processo, O Que Fazer?

Após termos definido as atividades, temos de sequenciar as mesmas. Como entradas, temo as saídas da definição das atividades (atributos, lista dos marcos e a lista das atividades), a declaração do escopo do projeto, fatores ambientais e ativos de processos organizacionais. A principal técnica para o sequenciamento das atividades é o método do diagrama de precedência (MDP), que produz atividades no nó (ANN).

MDP, Nós, Leads e Lags

Existem algumas formas de se indicar a ordenação das atividades, como a inclusão de atrasos ou antecipação na execução (início) com base em necessidades específicas. Pode-se determinar atividades que iniciam após o término de outras, que precisam que outras iniciem-se para poderem ser iniciadas, terminadas para que outras sejam terminadas e até atividades que precisam iniciar para outras terminarem. Atrasos (lag) ou antecipações são adicionadas nas linhas do diagrama em forma de “+dias” ou “-dias” dependendo se são atrasos ou antecipações, respectivamente. As dependências, por sua vez, podem ser arbitradas, obrigatórias ou externas. Se dependemos de um terceiro para iniciar uma atividade, a atividade tem uma dependência externa, se precisamos obrigatoriamente terminar uma atividade para começar outra então a dependência é mandatória e, por fim, se decidimos criar uma dependência com base em uma melhor prática de mercado então esta é uma dependência arbitrada.

As saídas do sequenciamento das atividades é um diagrama de rede completo, com dependências, atrasos, antecipações e tipos de relacionamento entre as atividades. Além do diagrama, também são geradas atualizações para os documentos do projeto – lista das atividades, atributos das atividades e registro dos riscos.

No próximo artigo falarei sobre os processos de estimativa de recursos e tempo, para posteriormente apresentar o desenvolvimento do cronograma e o controle do mesmo. Até lá, comece a estudar agora mesmo fazendo o curso que oferecemos de gerenciamento de projetos no Site Campus.

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