Geração Scroll – O falso prazer de rolar o feed de notícias

A geração Y possui toda a facilidade e tecnologia em suas mãos, para que em um clique possa estar conectado com todo o mundo ao seu redor.

Contemplar essa maravilha quase nem chega dar tempo, pois, em um curto período, o que parece tão inovador e recente acaba ficando ultrapassado e obsoleto sendo substituído por outra “inovação”. E assim o ciclo vai se repetindo.

Às vezes nem nos damos conta, mas nossos e-mails e mensagens, que nos lotam diariamente, ficam para depois e dizemos que demoramos para responder por causa da correria. Mas será mesmo? Será que tanta correria justifica 99% de nossas respostas conterem essa desculpa?

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O excesso de informação que nos chega constantemente transforma nossas mentes e pode sim ajudar nosso cérebro a construir uma base de conhecimento cada vez maior, mas também pode nos causar um estresse cerebral grande e tornar nosso pensamento cada vez mais acelerado e até mesmo um escravo dessa quantidade enorme de dados que chega o tempo todo.

Para completar esse quadro, vemos que as novas gerações estão se tornando grandes escravas desse comportamento alucinado de consumir conteúdos sem rumo nas redes sociais.

Isso não seria um problema se realmente tivesse proveito e se transformasse em conhecimento. Mas a grande verdade é que as pessoas que vagam pelas redes sociais, clicando em links e mais links, não conseguem lembrar de 95% das informações que consumiram nos últimos cinco dias.

Rolar o mouse e ver um turbilhão de informações passando na nossa frente só vai fazendo os ponteiros do relógio girarem alucinadamente enquanto seu tempo tão precioso e finito é desperdiçado.

O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de ignorar. Um dos primeiros estudos a revelar a força dessa nova dependência de forma incontestante foi apresentado em fevereiro pela Universidade de Chicago. Depois de acompanhar a rotina de checagem de atualizações em redes sociais de 205 pessoas por sete dias, os pesquisadores concluíram, para espanto geral, que resistir às tentações do Facebook e do Twitter é mais difícil do que dizer não ao álcool e ao cigarro.

Estamos desperdiçando recursos incríveis que temos a nossa disposição simplesmente por má educação e falta de foco na internet.

Entender as razões dessa compulsão em ascensão é um desafio.

Quando se tem um turbilhão de coisas sendo agregadas em nosso cérebro, o coitado mal tem tempo de trabalhar com essas informações, mal consegue fazê-las terem um sentido prático, pois não consegue compreendê-las.

É como se estivéssemos enchendo de informações um computador muito bom, porém, sem dar tempo para o computador nos dar um resposta.

Tome cuidado para controlar toda a informação que está consumindo.

Algumas vezes, quando puder, dê um intervalo para seu cérebro, um descanso. Permita que ele compreenda tudo que obteve de informação e possa te ajudar a ser uma pessoa mais rica em conhecimento.

Aproveite toda a facilidade que temos de acesso à informação para aplicar em sua vida, cada vez mais, a tecnologia de uma forma útil, agradável e prazerosa.


3 Comentários

Marcos
1

Parabéns William! Excelente, muito aplicável e realista para o “mundo bolha” que vivemos atualmente. Infelizmente a maioria das pessoas se “cega” diante do oceano de informações. Abraços!

Carlos Eduardo Bier
3

Ótimo texto!
Eu venho lutando a algum tempo em relação a informação. Tenho tentando selecionar alguns poucos sites para acompanhar, nas redes sociais, fiz uma limpa e acompanho basicamente o que me interessa.
Ainda assim, me pego perdendo tempo com coisas inúteis. Penso: Isso pra mim, que já tenho consciência, imagine outras pessoas que não se atentam para esses fatos o tamanho do problema e do vício que isso significa.
Hoje em dia, manter o foco, estudar coisas interessantes e obter realmente INFORMAÇÃO e não DADO, está cada dia mais difícil.

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