A “disputa” dos Analistas: Negócios x Processos x Sistemas

Há alguns anos, quando uma pessoa dizia que era Analista, logo vinha a cabeça que se tratava de um Analista de Sistemas, responsável pelo desenho de vários diagramas usados pelo programador para entender o objetivo e os detalhes do sistema a ser desenvolvido. Hoje, quando observamos as vagas abertas para profissionais de tecnologia, num jornal ou página especializada, nos deparamos com Analistas de tudo quanto é tipo. Tudo hoje dentro da TI é considerado Analista. Mas e aí, como podemos entender essa “disputa” toda?

Para responder essa pergunta, vamos focar nos três tipos de analistas mais conhecidos no mercado hoje em dia: Negócios, Sistemas e Processos.

Para início de conversa, podemos dizer que em boa parte das empresas há uma definição própria para as três funções, ou seja, um colaborador que numa empresa pode ser considerado Analista de Negócios, em outra, poderia se encaixar perfeitamente na definição de Analista de Sistemas. Isso é muito relativo mesmo, varia de empresa para empresa, sendo que muitas delas sequer possuem as três funções no seu quadro de funcionários.

Podemos caracterizar o Analista de Processos, como a pessoa responsável pelo levantamento das necessidades de melhoria dos processos produtivos ou de serviços. Ele tem um foco grande em qualidade, participando do planejamento, medição e implementação de melhorias de um determinado processo. Por planejamento, podemos entender o desenho, mapeamento e modelagem do processo, além da criação de indicadores de desempenho e qualidade. Esses indicadores serão medidos durante a execução do processo e servirão de base para a sugestão de melhorias. Esse é o trabalho do Analista de Processos.

O Analista de Negócios tem um foco em soluções. Ele será responsável por entender os requisitos de negócios de uma determinada área e buscar soluções junto à área de tecnologia. O Analista de Negócios deve ter um conhecimento profundo da área que atua e também de tecnologia. Ele pode trabalhar em conjunto com o Analista de Processos, buscando soluções para melhorar os processos de uma determinada área. Da mesma forma, pode atuar junto às áreas superiores, buscando e propondo soluções para os requisitos de negócios e objetivos do plano estratégico da empresa.

Nesse ponto, aparece o Analista de Sistemas, que será o responsável por transformar essas necessidades, já levantadas pelo Analista de Negócios, em requisitos de software a serem implementados pela área de tecnologia. O Analista de Sistemas deve ter foco no escopo da solução, trabalhando na identificação de requisitos, descrição das regras de negócios e criação de diagramas e roteiros utilizados pelo programador.

Apesar de conseguirmos identificar a atuação de cada um dos profissionais mencionados, podemos perceber que existe uma linha tênue que separa as responsabilidades de cada um. Até por isso, a definição de funções varia de empresa para empresa. Mas independente da definição formal da função, podemos dizer que todas elas têm a sua importância, a empresa depende do serviço executado pelos três profissionais, independente da nomenclatura utilizada. Afinal, por essência, todo mundo é Analista e trabalha para o crescimento da empresa.


4 Comentários

Pedro Rocha
1

Olá, gostaria de saber qual formação/certificação é necessária para se tornar um analistade Processos ?
Sou formado em Tecnologia em Analise de Sistemas, e estou em processo de certificaçao ITIL.
Gostaria de saber o que mais precisaria.
Obrigado.
Pedro Rocha

Juliana
2

Gostei muito do artigo, também trabalho como analista/consultora e tinha dúvidas sobre qual me encaixaria. Esclareceu muita coisa, foi um texto claro e sucinto.

Carlos Bosch
3

Não vejo diferença dos profissionais de negócios atuais dos profissionais de processos.
Estes profissionais não convergiram?

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