Certificações coletivas podem ser boa opção para empresas de software e TI

Empresários de Curitiba e Região devem buscar informações sobre o tema junto ao Sebrae/PR, que tem ações específicas para o setor

As empresas de Tecnologia da Informação (TI), localizadas em Curitiba e Região e que buscam a certificação de qualidade de seus processos, têm até o próximo dia 15 de julho para manifestarem interesse. A informação é do Sebrae/PR, que reuniu-se, na semana que passou, com empresários do Arranjo Produtivo Local (APL) de Software de Curitiba e Região, que, de forma coletiva, obtêm ganhos de agilidade e custos.

Edison Charavara, consultor do Sebrae/PR, destaca a importância de as empresas da região, sobretudo as de micro e pequeno portes, conquistarem certificações como a MPS.BR e CMMI.

MPS.BR – Melhoria de Processos do Software Brasileiro é um movimento para a melhoria da qualidade e um modelo de qualidade de processo voltados para a realidade do mercado de pequenas e médias empresas de desenvolvimento de software no Brasil. Já o CMMI – Capability Maturity Model Integration, procura estabelecer um modelo único para o processo de melhoria corporativo, integrando diferentes modelos e disciplinas.

“As certificações não devem ser buscadas apenas pelos títulos em si, mas devem representar o desejo das empresas em demonstrar ao mercado qualidade e confiabilidade no desenvolvimento de soluções. A previsão é que o setor de software e TI se torne ainda mais competitivo e, como a certificação é um processo que demanda mais tempo, é importante tomar a decisão e ganhar vantagem competitiva o quanto antes”, assinala o consultor.

Para que os custos das certificações fiquem mais acessíveis, as empresas interessadas noMPS.BR e CMMI têm formado grupos, o que possibilita pleitear apoio financeiro de programas como o SEBRAETEC – Serviço em Inovação e Tecnologia do Sistema SEBRAE, o ISS Tecnológico e da SOFTEX – Sociedade Brasileira para Promoção da Exportação de Software.

A implementação de sistemas, de acordo com Charavara, é um serviço cada vez mais demandado, em razão da alta competitividade do setor frente às necessidades de adaptação rápida às tendências mundiais como, de mobilidade, de armazenamento de dados no modelo cloud computing (computação em nuvem). “As empresas de software precisam ser capazes de inovar constantemente e desenvolver novos produtos, superando desafios como a dificuldade de mão de obra qualificada e de investimentos em pesquisa e desenvolvimento.”

Nesse cenário, continua o consultor, “o SEBRAE/PR desempenha um papel importante ao disponibilizar metodologias, tecnologias e apoio financeiro para que as empresas do setor melhorem seus processos e ampliem sua competitividade”.

Intercâmbio

Na reunião do dia 1º de julho, no Sebrae/PR, em Curitiba, os empresários de Software/TI e representantes de entidades de apoio discutiram outros temas de interesse do setor. No caso do APL de Software de Curitiba e Região, estão envolvidas cerca de 40 empresas.

Um dos temas em pauta foi uma proposta de cooperação entre a Federação de Estudos Sociais do Paraná (FESP) e as empresas do APL. Antonio Carlos Morozowski, presidente da FESP, explicou aos participantes que o objetivo da possível parceria é o desenvolvimento de soluções em conjunto com as empresas de TI.

“A FESP tem foco e quer continuar sendo faculdade. Nosso propósito, no entanto, é ser muito melhor do ponto de vista da qualidade, por isso é importante estar em sintonia com as necessidades do mercado”, afirmou Morozowski.

Razer Montaño, coordenador de Sistemas de Informação da FESP, detalhou o currículo dos profissionais formados pela instituição e destacou a rapidez de adaptabilidade do curso ao mercado. “São disciplinas específicas para formação de um profissional de suporte. No sexto semestre, os alunos desenvolvem aplicativos para web e corporativo, de alto nível”, disse.

Prospecção

A prospecção de negócios internacionais é outro tema de interesse dos empresários de TI de Curitiba e Região. Durante a reunião, o coordenador-executivo do Curitiba Offshore, Izoulet Cortes Filho, falou da prospecção de negócios na França e nos Estados Unidos e deu informações sobre o andamento de uma missão empresarial à Itália ainda neste ano.

Os empresários do APL também estão de olho no Projeto BEL-i9, uma proposta da Copel Telecomunicações, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP). BEL é a abreviação de Banda Extra Larga. Em breve, deverá entrará em funcionamento em Curitiba, uma incubadora de terceira geração para apoiar projetos e estimular a demanda por conteúdo e aplicações que exijam o uso de Banda Extra Larga.

A fim de conhecer melhor os propósitos, inovações e benefícios do Projeto BEL-i9, o APL de TI de Software, convidou a assessora da presidência do Sistema FIEP, Gina Paladino, para ministrar uma palestra sobre o tema. A previsão é de que a apresentação ocorra na próxima reunião da Governança do APL prevista para o dia 29 de julho.

Fonte: Savannah Ações em Comunicação

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