Círculo vicioso da Web – Uma grande força para gerar negócios

Um pouco mais do mesmo, a insistência em tratar de um assunto que é bastante discutido, porém, muitos ainda teimam em não dar tamanha atenção como deveriam. É engraçado pensar que o Brasil, um país mundialmente reconhecido pela criatividade e também pela competência empreendedora do seu povo, acaba por fazer uso errado ou até mesmo não fazer o uso de certas ferramentas, tendências que já estão se tornando realidade e/ou novos mercados.

Já no início quero deixar claro que esse texto não tem nada de didático, é uma tentativa de provocar reação ao pensamento estratégico e empreendedor de cada gestor que ler esse artigo. Acho que no final, poderá ser extraído muitas informações de direcionamento para esse trabalho de planejamento estratégico digital.

Quando falamos de Internet não podemos deixar de pensar em Redes Sociais, Sites, Lojas Virtuais, Informação em forma de notícia, artigos, textos complementares, imagens, vídeos, áudio, e-books, enfim… É tanta coisa que pensamos somente em lembrar da palavra – Internet.

Isso se dá pelo fato de que não precisamos de pesquisas de mercado tão elaboradas para fazer o que simplesmente o cérebro humano nos oferece de informações, por exemplo, o fato de que ao perguntar para uma pessoa qualquer o que vem em mente ao ouvir a palavra Internet vamos ter reveladas todas ou algumas das palavras acima mencionadas. É o óbvio e teimamos em não percebê-lo.

O que nosso cérebro nos trás como informação é tudo aquilo que temos afinidade, ou seja, tudo aquilo que acessamos, fazemos uso frequente ou que temos total domínio, isso se dá pelo fato que o Cérebro guardará somente informações muito relevantes, boa parte das informações obtidas diariamente são excluídas em um processo de filtragem daquilo que é válido do comportamento daquele individuo para aquilo que não lhe é favorável.

Depois da aulinha de ciência básica podemos entender o porque de tanta luta para saber o comportamento do consumidor, saber o que faz, como faz, onde faz e que hora faz, o que permite elaborar estratégias mais completas e eficazes.

Mas, porque círculo vicioso no título desse Artigo? Simplesmente porque temos a limitação de gravar somente aquilo que vamos repetindo ao longo do tempo, ou seja, somente é gravado e serve como informação ao cérebro aquilo que dizemos para ele que é importante e por isso insistimos em realizar tal tarefa repetidas vezes – um círculo vicioso.

Por exemplo, repetimos diariamente o processo de comunicação, escrita e oral, mas essas, atualmente influenciadas com novas ferramentas de interação social – As Redes Sociais. Automaticamente, o uso da ferramenta Internet com a tecnologia Rede Social on-line faz com que tenhamos uma assimilação simples de ambos ao pensar em qualquer uma das duas, por exemplo, pensou Internet, logo, Rede Sociais (Facebook, Twitter, Orkut…).

Mas, mesmo sabendo de tudo isso ainda existem empresas se limitando ao uso, e ao bom uso dessas ferramentas mesmo sendo uma realidade que não temos como escapar. Já fazem parte do nosso dia-a-dia, e a prova disso é que as pessoas assimilam Internet com Redes Sociais antes de qualquer outra coisa, antes mesmo de Vídeos, antes de Sites, antes de Fotos, antes de produtos ou qualquer outra informação disponível por lá (aqui).

Redes Sociais on-line são a extensão da necessidade humana em comunicar-se, é parte do DNA humano, é parte da sobrevivência, é o nosso cérebro primitivo – racional – em atuação.

O mundo social on-line cria por consequência novos mercados, desejos e porque não dizer novas pessoas, já que na internet, muitos são o que no dia-a-dia não tendem a ser, isso acontece com o costume de consumo, por exemplo, pessoas que não comprar produtos Tabus sociais em lojas físicas com medo de repressão, mas que compram via loja virtual pela segurança e anonimato do ato. A sensação de segurança em não ser criticado por fazer uso de tal marca ou produto. Quer um exemplo? Imagina você usando um Tablet Ching-ling em uma reunião na empresa onde todos possuem Ipad, não tenho nada contra outros Tablets – até mesmo eu prefiro não investir tanto em um iPad e ter a acessibilidade de um outro qualquer, é questão de noção de preço x valor sem incluir no valor a questão de Marca x Status… Portanto, em uma situação como essa muitos se sentiriam acuados, porém, nada impede alguém de comprar um Tablet por R$299,90 e usá-lo em casa, longe dos outros usuários de Ipad e no dia seguinte estar sentado lado a lado sem o medo do preconceito pelo uso de marcas sem Status social como uma Apple, mas claro, sem levar para a reunião e ficar ouvindo – o que é isso?

Agora, se usarmos de lógica temos o Mercado On-line para gerar vendas, temos as Redes Sociais que geram comunicação, a conversa empresa x cliente, a possibilidade de interatividade e gestão de riscos e crises como também a manutenção de uma ‘amizade’ entre as partes. Lógico que toda essa conversa não se dá somente entre Empresa X Cliente, mas muito amplamente de Consumidor para consumidor, é ai a grande vantagem de tudo isso, pois o boca-a-boca virtual entra em ação, as indicações de produtos ou serviços estão justamente neste ponto da conversa, é nele que as empresas devem ter atenção.

Escrevi até aqui para fazer entender a necessidade do uso completo de todas as possibilidades, claro, de uma forma gerenciável. Portanto, se bem exploradas essas ferramentas e esse círculo vicioso de Acesso a internet, redes sociais, conversas paralelas e não paralelas, compartilhamento de links e interatividade com o consumidor x empresa temos então grandes chances de sucesso. A Web 2.0 é mais do que simplesmente uma nova forma de gerar e publicar informações, ela se baseia em contato direto, mas humano (apesar da tecnologia), mais pessoal…

Explorar essas ferramentas de forma correta não quer dizer ter um perfil no Facebook, ter um blog, ou ter espaço para que seu cliente publique uma opinião sobre o produto que ele comprou no seu site. Explorar essa comunicação baseada na velocidade da informação requer planejamento em todas as área de uma loja virtual como também de empresas prestadoras de serviços, ser 2.0 é ter a competência de explorar da comunicação, isso se dá com um bom atendimento e uso de tecnologias que permitem esse bom uso, se dá pela aberturas de canais de troca de informações, se dá pelo disponibilizar interatividade com o consumidor, permiti-lo criar conteúdo e também distribuir esse conteúdo, planejar para ambiente digital é mais do que simplesmente criar um fluxo de trabalho baseado em campanhas e promoções. Planejamento Digital requer conhecimento amplo.

Mas, isso tudo é realmente necessário? Sim.

Da mesma forma que a comunicação ou qualquer informação postada na internet fica por muito tempo ou até mesmo é propagada com uma velocidade incrível, temos que pensar em limitar os agentes de influência negativa, como por exemplo, um prazo de entrega não cumprido, um atendimento falho, uma ferramenta que não funciona, um processo interno que não coopera com o resultado final… Tudo isso influência naquilo que é gerado de informação sobre você e sobre sua empresa ou produto, portanto, pensar em tudo isso é trabalho de qualquer estrategista digital e função das empresas em se permitirem adaptar-se a esse novo processo de gestão. Nem sempre é fácil mudar um processo que já está em funcionamento, portanto, se necessário tem que ser feito.

Sucesso a todos, um forte abraço.

Luiz Castro Junior

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Diretor da Alpis Consultoria.
Consultor Certificado 8 Ps - Marketing Digital, Planejamento Estratégico digital, Gestor de Projetos.


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