Indicadores com ponderação – crescimento e vida longa a organização

As mudanças que ocorrem no mercado de trabalho se tornam cada vez mais intensas, de uma forma que as áreas e tarefas dos profissionais se colidem a todo o momento dentro das organizações.

Embora historicamente cada profissional (Analistas Negócios x Processos x Sistemas) possua sua área de atuação e tarefas definidas a desempenhar, na prática nem sempre ocorre desta forma. No cotidiano das empresas estas diferenças não são tão simples, com a concorrência acirrada do mercado de trabalho se torna cada vez mais freqüente a colisão de discussões entre os analistas por definir as regras do negócio.

A própria evolução do mercado de trabalho contribui de uma maneira que força as profissões a se colidir, extinguir e evoluir. Um bom exemplo a citar seria o profissional de OSM (Organização, Sistema e Método) que teve seu auge durante anos e que aos poucos suas tarefas foram distribuídas a outros profissionais na organização devido à exigência multidisciplinar que é cobrada em nosso dia a dia.

Torna-se cada vez mais freqüente a existência de profissionais multidisciplinares dentro das organizações em seus diversos departamentos, desta maneira os gestores os utilizam de uma forma para gerar novas demandas a suas áreas.

Com estas ações, as tarefas desempenhadas entre os departamentos criam, em alguns casos, colisões entre as diversas áreas de atuação. Esta briga muitas vezes ocorre por uma necessidade da área apresentar resultados e tentar se expandir perante os seus concorrentes (outras áreas).

Parece estranho chamar os departamentos ou outras áreas de concorrentes, mas se torna muito freqüente visualizar este fato dentro das organizações, pois, criar indicadores de resultados virou sinônimo de garantia de resultados à alta gestão ou a gestores iniciantes.

A criação dos indicadores é importante, mas não se pode deixar de considerar é que para toda ação existem pontos positivos e negativos, por isso, cabe utilizar este medidor com ponderação. Caso o foco da gestão ou gestor se concentre apenas nos indicadores e esquece a visão sistêmica do processo, pode ocorrer do departamento se preocupar mais com o indicador do que a interação entre as áreas.

Torna-se freqüente ver cada área se preocupar apenas com seu umbigo, pois o ser humano para não ser punido se preocupa primeiro em realizar suas entregas, o que faz a preocupação do todo ou visão sistêmica se tornar secundária.

Por estas razões observa-se um aumento constante da realização de projetos de uma forma imediatista devido à falta de planejamento ao criar novas aplicações. Um processo mapeado e bem definido ajuda na evolução e amadurecimento da atuação, mas desconsiderar outros fatores humanos pode levar a ações não desejadas, por isso devem ser avaliados os riscos para cada nova ação.

Neste caso fica para reflexão: “Indicador com ponderação, proporciona crescimento e vida longa a organização.”

Grato a todos que chegaram até o fim do texto, aceito sugestão de temas para novos textos e debates de reflexão.

Fernando C. G. D. Guerra

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Mestre em Administração Profissional pela Faculdade de Estudos Administrativos de Minas Gerais (FEAD), Especialista em Gestão Estratégica da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), MBA em Gestão de Projetos e Graduado em Administração de Sistema de Informação pelo Centro Universitário UNA (UNA).


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