Time,
Hoje venho chamar sua atenção para duas táticas de estudo adotadas inconscientemente pelos Concurseiros, que fazem toda diferença em seu desempenho durante a preparação para Concursos: o Mínimo Esforço e o Máximo Retorno.
Leia o artigo anterior da série: Série Concurseiro Iniciante: Definindo o Objetivo
De cara, já alerto aos Senhores que as táticas são MUTUAMENTE EXCLUDENTES, ou seja, é inviável tentar adotá-las integralmente de forma simultânea. No limite, você pode modular parte de cada uma para encontrar um ponto de equilíbrio.
Na tática do Mínimo Esforço, você parte do conjunto de conhecimento que já possui para só então escolher o Concurso, tentando desta forma reduzir o desgaste do processo de aprendizado.
Soa familiar? Bom, em uma primeira análise pode parecer uma técnica ótima, mas note que provavelmente você pode acabar não escolhendo o “concurso dos seus sonhos”, uma vez que relegou a segundo plano fatores de decisão mais mais nobres como: atividade a ser desenvolvida no cargo, nível salarial, satisfação pessoal, etc.
Por outro lado, não podemos satanizar sumariamente tal tática, pois a maioria de nós não goza mais do auge da idade, tem que lidar com filhos, falta tempo, etc.
Para esses, uma simples melhora em determinado aspecto da vida pode ser suficiente para sua realização. Imagine, por exemplo, uma mãe que passa para um Tribunal Federal e começa a trabalhar em um horário diferenciado. Será que seria de interesse abrir mão do tempo com seus filhos por mais dinheiro? Fica a provocação… (opine nos comentários do post).
Já na tática do Máximo Retorno, você parte daquilo que você quer, não se preocupando muito com o você sabe agora, ou com quanto esforço vai ser demandado para chegar lá.
Veja que é uma tática que desperta paixões por sua agressividade, algo muito cultivado por vários cursinhos para concursos.
Não vejo todo mal nisso, restando a única preocupação no fato de muitos alunos acabarem tirando os pés do chão e se imponto metas arrojada demais, muito longe de sua realidade. Isso quer dizer que eu estou duvidando da capacidade das pessoas? Claro que não! Muito pelo contrário… Porém, quem me conhece sabe que não sou muito chegado a ufanismos, segundo os quais “todo mundo pode tudo e merece tudo”. Vamos tomar por exemplo o Senado. É muito fácil “querer” o Senado (dito o nirvana dos concursos de TI), mas será que é algo viável AGORA, quando você nem conseguiu ainda passar no recente concursos da Prefeitura de São Tomé dos Ferros? Mais uma ponderação para refletir… (ponderações nos comentários)
Um pausa necessária… MUITO CUIDADO com a onda chamada atualmente de “positividade tóxica”, propagada por “falsos Coaches” que tentam encaixar as diferentes realidades das pessoas numa espécie de “framework universal”, para desespero dos profissionais de saúde (psicólogos, psiquiatras, etc). Assim, somos bombardeados toda a hora por mensagem de motivação vazias, as quais surtem até mesmo o efeito contrário, e nos fazendo pensar que sempre entramos em determinadas situações delicadas simplesmente porque não nos empenhamos o bastante e/ou porque fomos fracos. Esse tipo de simplificação chega a ser irresponsável. Fica o Alerta!
Por fim, eu sou fã de ambas as táticas e acredito que cada uma delas pode ter espaço em uma determinada fase de seu ciclo de concurseiro e da sua idade, como nos exemplos que dei acima. O importante para mim é escolher uma delas de forma consciente e sustentável.
O que achou da reflexão? Poste nos comentários do post.
Tmj!