“O Segredo PROIBIDO dos Concursos” (baseado nos manuscritos Perdidos de Marcopolo). MasterMind limitado aos 100 primeiros!

Como você sabe, Marco Polo foi um viajante italiano que exerceu funções diplomáticas na corte do soberano Kublai Khan, neto de Gengis Khan, considerado por muitos historiadores o maior conquistador da Terra. Para você ter uma ideia, o Império Mongol se estendeu do Oceano Pacífico até os Urais, e da Sibéria até o Afeganistão – cerca de um quinto da área habitada do mundo, à época. Como conselheiro de Kublai Khan, Polo foi naturalmente testemunha ocular dos planos e das conquista do soberano. Os relatos de Marco Polo já são bastante conhecidos no Ocidente, mas o que você provavelmente não sabe é que, durante todos esses séculos, partes perdidas de seus manuscritos, contendo as estratégias mais secretas dos Khans, na verdade ficaram restritas a um círculo seleto de líderes mundiais… até agora. Desvendar essa filosofia e, sobretudo, como aplicá-la aos Concursos é do que trata esse MasterMind.

Diga-me, você também gostaria de ser um Khan dos Concursos? Se sim, por favor, clique no link a seguir para saber se o seu perfil foi o selecionado: http://goo.gl/v6T6U

Imagem via Shutterstock

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Se você foi selecionado, parabéns! O próximo passo é ir imediatamente aos comentários desse post e colocar a seguinte frase: “Eu quero ser um Khan dos Concursos”. Mas é preciso ir AGORA, pois são apenas 100 vagas, número que não será estendido em hipótese alguma. Depois, volte para entender como vai funcionar o treinamento.

Pronto, agora que você já garantiu sua vaga, vamos começar nossa imersão na filosofia Khan, respondendo à uma simples pergunta: você não levou a sério toda essa lorota, né? Não? E se eu disser que muita gente, no desespero, acaba caindo nesse conto todos os dias? Triste, eu sei. Não tenha vergonha, eu já caí também…

É impressionante como até o pessoal de TI – teoricamente mais preparado para lidar com questões de segurança da informação – acaba caindo nessas armadilhas. Tudo que eu precisei foi aplicar um pouco de Engenharia Social. Vejamos.

  • Aticei a curiosidade já no cabeçalho com as expressões: “Segredo”, “Proibido”, “Pedido”;
  • Tentei dar um contexto histórico: “Manuscritos”, “Marco Polo”;
  • Fiz menção à uma filosofia. Se for algo oriental, melhor ainda: “Dinastia Mongol”;
  • Afaguei o seu ego ao tratá-lo como conhecedor da História. Na verdade, contei apenas que você assistisse NetFlix;
  • Incuti a sensação de urgência/escassez: “limitado aos 100 primeiros”, “não será estendido”;
  • Usei meias-verdades ao colar cirurgicamente argumentos de reforço à tese, e omiti propositalmente os contrários;
  • Usar um termo em inglês é sempre recomendado: “MasterMind”;
  • Para empolgar, nada melhor que uma sensação de exclusividade: ter sido escolhido em um concurso ou uma seleção;
  • Por fim, menti. Se houve algum manuscrito proibido de Marco Polo, não sei. Mas que ficou legal ficou, não foi? 🙂

E para que serve isso tudo? O objetivo principal é sempre coletar seus dados (para te encher de spam depois), ou, nos casos mais agressivos, ir direto ao seu bolso, sem cerimônia. Outras técnicas comuns são:

  • Criar empatia – fazer você se familiarizar por meio das mesmas dores e barreiras;
  • Cria uma conexão direta – usar o singular (“você”), justamente como eu estou fazendo neste Artigo;
  • Expiação da Culpa – convencê-lo de que a responsabilidade pela situação atual não é sua, e sim do Sistema;
  • Bullying – todo mundo que é “legal” está nessa, menos você. Vai ficar de fora?
  • etc.

Isso é papo de Hacker? Sim, é sim. E o que mais seriam os marketeiros se não Hackers? A diferença é que o “ataque” deles é centrado na Engenharia Social, e o sistema-alvo é o próprio cérebro das pessoas. Neste cenários, as vulnerabilidades a serem exploradas são vastas: ganância, preguiça, vaidade, insegurança, carência, e por aí vai. Quando estamos nessa situação, tudo que queremos é uma solução que bata em nossa porta, ou, hoje em dia, em nossa tela.

Vejam que eu falei “Hacker”, essencialmente uma palavra neutra. Estou mais do que ciente de que existem profissionais sérios de marketing. Sendo assim, o mais apropriado é classificar comportamentos pontuais:

  • White Hat – Oferece valor por meio de uma abordagem ponderada. Pouco ou quase nenhum artificialismo;
  • Gray Hat – Ou o valor não compensa (se existir) ou, se há valor, usam uma abordagem agressiva. O artificialismo já se tornou comum;
  • Black Hat – Ou o conteúdo é enganação (muitas vezes, ilícito) e utilizam a abordagem agressiva. O artificialismo é questão de sobrevivência (alavancagem).

E o Marketing não foi sempre assim? Vamos e convenhamos que foi:

  • Quem não lembra do Cowboy Marlboro. Pois é, morreu de Câncer.
  • Quem não lembra da Lei de Gerson? Pois é, na época parecia uma atitude descolada!
  • E Hoje? É só ligar a televisão e você vai ver um monte de porcaria – que nem pode ser classificada como alimento – sendo empurrada para nossos filhos.

E o que mudou, então? Bom, antes, você precisava pelo menos ter grana para propagar essas ondas, do contrário, o dano ficaria restrito ao público local. Agora, com a democratização das ferramentas digitais (Newsletters, Blogs, Gateways de Pagamento, etc), somada ao descaso para com a privacidade dos dados pessoais, qualquer “pé-duro” tem acesso ao mundo inteiro. Alguns, se não tem conteúdo, pelo menos, procuram caprichar no visual. Outros, nem isso, é uma tosquidão só! É o que eu chamo de MDE (Marketing Digital de Esquina).

Longe de mim querer ser ludita e colocar a culpa na evolução tecnológica. Mas é fato também que precisamos nos proteger cada vez mais. Se estamos sendo vitimas de “ataques” numa seara, precisamos usar técnicas de proteção nesta mesma seara (falarei destas técnicas um pouco mais à frente). A minha opinião é que esse MDE seja mais uma onda passageira. Quem não lembra da febre das compras coletivas?

E o que isso tem a ver com concursos? Bom, lamento informar, mas a nossa área, por também envolver sonhos de vida, tem sido foco dessa praga. Inclusive, esse post era para ser sobre ferramentas de produtividade. Só que, ao final do post passado, ao fazer uma menção sobre o MDE, acabei sendo confrontado com a situação pandêmica à qual os concurseiros estão sendo expostos. Então, resolvi abrir esse parêntesis na pauta editorial para uma texto de utilidade pública.

É impressionante a quantidade de gente vendendo o SEGREDO, a FÓRMULA, a CURA, etc. E o mais interessante, muitos dos que tem a “cura”, não usam em si mesmos. Vai entender… Até aí, apesar de já ser passível o enquadramento como charlatanismo, acabamos considerando mais uma prática anti-ética do que ilícita. Contudo, outro dia eu vi um “vídeo de isca” no qual um cidadão se vangloriava de fornecer a melhor preparação para determinado concurso, uma vez que ele faz parte do setor de seleção do respectivo órgão (heim?!?). Note, a sensação de “festa” é tamanha” que o cara já esqueceu que essa confissão pode enquadrá-lo em várias Leis, dentre elas, a própria Lei de Conflito de Interesse.

O mais irônico é que NÃO HÁ SEGREDO. E, se existe mesmo “balas-de-prata”, elas são colocadas diariamente na Internet, e DE GRAÇA. A fonte é sempre a mesma, os depoimentos de quem já passou. Neles, você vai encontrar o que fazer e, sobretudo, o que não fazer, e fica livre para escolher o que melhor se aplica a você. Costumo dizer que passar em concurso é igual a emagrecer, ou seja, todo mundo sabe (ou imagina) o que fazer, mas poucos estão dispostos a passar pelas privações necessárias da jornada. Lembre-se que os bons algoritmos criptográficos não são os que apostam na obscuridade, mas sim os públicos baseados no segredo e tamanho da chave. E a chave, meu caro, é você!

É claro, ainda, que todas podem estar dispersas demais e TALVEZ você precise de um acompanhamento mais proativo para consolidá-las, o chamado Coaching. O Coaching, imagino eu, é alguém que te auxiliará durante sua preparação, executando atividades bem definidas e te ensinando a empregar artefatos e técnicas de produtividade no tema. A ajuda de um profissional do ramo, desde que esteja dentro de suas possibilidades, é sempre bem-vinda em qualquer atividade. Apesar de eu nunca ter usado o serviço, conheço muita gente séria no mundo do Coach, e é uma ferramenta recomendada principalmente na preparação para Cargos de Elite. Agora, atente que nem tudo são flores, profissionais sérios cobram um valor significativo, mas sempre proporcional ao benefício que geram. Resumindo, um Coach sério não deve ser confundido com o Charlatão.

Bom, e como separar o Joio do Trigo? Ora, se os ataques são os mesmos de outrora, as defesas também:

  • Cuidado com as técnicas que citei no começo do post (óbvio). São os chamados “Gatilhos Mentais”;
  • Procure por selos de qualidade no sítio (se houver um): ANPAC, ANDACON, ABED, e-Bit, etc;
  • Promessas surreais: Tempo de Aprovação (Semanas, Dias), Descontos Absurdos (80% a 90%), Evoluções Meteóricas (Seja Juiz amanhã), etc;
  • Procure se aprofundar na reputação pessoal do prestador junto à comunidade. Ele trabalha só na base do “Venha a nós”, ou existe algum “Vosso Reino” em seu histórico?
  • Observe ainda se o prestador:
    • tem prazer de anunciar que o sistema dele não aguentou os acessos (e nunca aguenta…). Profissionais sérios, em vez de comemorar, ficam preocupados com a falta de capacidade de sua infraestrutura;
    • parece viver em um eterno êxtase. Ora, a não ser que ele seja Bozo, normalmente os profissionais tem um semblante sereno;
    • questiona todo o “Status Quo” por meio de um pensamento Revolucionário. Ah, é fato que Copérnico fez isso, mas, vamos lá, quantos Copérnicos você já conheceu?
    • foca muito mais nas métricas de vendas do produto, do que propriamente no conteúdo ofertado. Afinal, qual é o objetivo, mostrar o quanto ele está ganhando, ou querer que você compreenda a proposta para que possa tomar a melhor decisão?
    • tenta tirar o Estudo/Esforço do foco da preparação. Qualquer tentativa nessa linha, fuja!
  • Olho vivo nos depoimentos. Verifique se eles tem origem externa ao sítio e, principalmente, se são espontâneos. São comuns comentários:
    • comprados (poste um comentário e concorra a um gadget);
    • suspeitos (do próprio autor, de parentes e/ou de conhecidos);
    • circulares (vende o meu, que eu vendo o teu);
    • anacrônicos (o produto foi lançado ontem, mas o suposto depoente afirma que goza dos benefícios há anos ?!?).

Mas, Atenção! Não é a incidência de um desses sinas, de forma esporádica, que classifica definitivamente um prestador. Afinal, assim como as pessoas, os sistemas de proteção também são passíveis de erros, os famosos “Falsos Positivos” e “Falsos Negativos”. Muitos profissionais bons são tentados em algum momento pelo “Lado Negro da Força”, a diferença é que estes logo percebem e voltam ao prumo. Por isso, nada de sair achando que todo mundo é pilantra e está querendo te roubar. Se adotar essa postura, estará praticamente abrindo mão de todos os ótimos recursos disponíveis na WEB. O importante é você ir utilizando as técnicas – que sua Avó já usava no mundo analógico e presencial – no mundo digital, bem como aproveitar os erros como “Lições Aprendidas“, aperfeiçoando cada vez mais o seu “sentido aranha”.

Bom, espero que esse tutorial possa tê-lo ajudado de alguma forma. Provavelmente, eu devo ter mexido num vespeiro…

E, você, já recebeu algum e-mail miraculoso desses? Era sobre Concursos ou sobre outro assunto? Qual foi a sua reação?

Por fim, ainda quer ser o Khan dos Concursos? Olha lá, as vagas são limitadas! =D

Bons Estudos e até o próximo artigo! (aceito sugestões)


104 Comentários

Marilia
6

Vivo recebendo emails desse gênero.
Vale seguir as recomendações que colocaste no final do post.
Excelente matéria.

Rodrigo Oliveira Porto
9

Formula muito simples!!!! SONHE, PLANEJE, ESTUDE, REVISE, ainda não deu certo revise novamente reflita sobre os erros e recomece o ciclo. hauhauhauhauhauhau

Natan Concurseiro
10

Parabéns, Prof! Ótimo artigo Falando de um tema de utilidade pública e que vem fazendo muitas vitimas usando esse Marketing Digital de Esquina.

Luciano
20

O fato é que as pessoas não querem passar no concurso, e sim “ser passadas”. Então, por isso, o “coaching” virou moda, e tem muita gente que acha absurdo gastar qualquer quantia para comprar aulas ou livros, mas gasta rios de dinheiro com o coach.
Sem contar que tem coach por aí que, embora prometa a aprovação do candidato nos “concursos top”, ele mesmo ainda está em um cargo bem meia-boca na administração pública. Não passa credibilidade nenhuma!

Thiago Brito
46

Não há milagres! Muito estudo, muita dedicação, foco e comprometimento. Mesmo assim, está cada dia mais concorrido e difícil ser aprovado em um bom concurso público. A preparação dos candidatos está cada vez melhor e o nível dos primeiros colocados é sempre alto. A única fórmula que nunca falha é “não desistir nunca”! Estudar, se preparar e contar um pouco com a sorte… 🙂 Como diz o William Douglas, quanto mais se estuda mais sorte se tem…

Magaly Lemos
71

Muito bom o artigo, muito bem elaborado. Prende a atenção do início ao fim. Decidi quero ser uma Khan dos concurso.

Flávio
98

Excelente Post! Fiquei curioso depois de ouvi o “Pod Cast”, do provas de ti, falando deste artigo. Concordo com o professor Walter. Quando decidimos estudar para concursos, fica sempre aquela pergunta: será que estou fazendo a coisa certa? por isso, muitas pessoas acabam caindo no conto do vigário.

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