O que é e como setar uma variável de ambiente (Linux e Windows)

Neste artigo não falaremos apenas sobre o conceito de variáveis de ambientes Windows e Linux, mas também iremos demonstrar na prática como cria-las. Vamos lá!

O que é uma Variável de Ambiente?

Uma variável de ambiente é um comando que é atribuído a um valor criado pelo o usuário ou já registrado pelo sistema, com o intuito de agilizar determinados processos. Uma vez que a variável é definida, o sistema armazena este comando relacionado ao valor, e, consequentemente, ao ser solicitado, ele é executado.

Entendendo e setando uma variável de ambiente no Linux

Tipos de variáveis

Variáveis locais: As variáveis locais são aquelas que não são armazenadas no sistema. Ela é criada e é somente visível ao ser chamada. Ao colocarmos o comando “printenv”, ela não estará lá;

Variáveis globais: Ao contrário da variável local, a variável global ficará armazenada no sistema, podendo ser visualizada com o comando “printenv”.

Na informática, quando se fala em setar, estamos falando sobre dizer se o valor foi ou não alterado e definido. Antes de mostrarmos como definir a variável, vamos analisar as variáveis padrões que estão no sistema Linux com o comando “printenv”:

Setando variável de ambiente no Linux

Perceba o padrão que há: “variável= valor atribuído”. Comandos como “PWD” estão associados ao diretório “/home/ubuntu”, bem como o “HOME” também está associado a este diretório. Observe o que acontece quando juntamente com o comando “printenv” nós colocamos a variável “HOME”:

Comando printenv no Linux

Abaixo, aprenderemos a criar variáveis globais e locais.

Criando as variáveis

Para criar uma variável no Linux é extremamente simples e leva poucos segundos. Existem duas maneiras para isto, a primeira sendo a mais simples e não armazenada no sistema; a segunda, portanto, armazenada no sistema.

1. Setando variáveis simples (variáveis locais): Para criar variáveis simples não tem segredo, basta aplicar a lógica dita acima. Neste exemplo, foi criado uma variável chamada “linux” e a ela foi atribuído o valor chamado “melhor_sistema”. Porém, neste caso, se colocarmos o comando “printenv linux” não irá aparecer, pois não foi armazenado neste local. Sendo assim, o comando “echo” foi utilizado para executar o comando, e o “$” nós escrevemos quando se trata de uma variável.

2. Setando e armazenando variáveis no sistema (variáveis globais): Para criar variáveis que sejam armazenadas no sistema, nós precisaremos de alguns outros comandos, sendo eles:

  • export: Este comando será utilizado para criar a variável
  • VAR: Vai ser o nome da sua variável
  • valor: O valor que foi atribuído a sua variável

A lógica ficará assim: export VAR=valor

Observação: Caso você queira desfazer uma variável, basta digitar o comando “unset nome_da_variavel”.

Setando uma variável de ambiente no windows

Para setarmos uma variável no ambiente Windows, podemos fazer isso de duas formas, primeiramente pelo terminal e posteriormente de maneira dinâmica (pela aplicação).

Terminal

Assim como no Linux, no Windows também existem tipos de variáveis. Porém, há uma diferença quando se trata de comandos:

  • set: Define que será a variável
  • “=valor”: Será o valor atribuído aquela variável;
  • echo: Irá executar o valor que foi atribuído a variável;
  • %%:  É responsável por informar ao sistema que o que foi escrito entre as porcentagens é uma variável;

Sintaxe: set variavel=valor

E para executar: %variavel%

Existem três tipos de variáveis, sendo elas: variável em uma shell em específico; variável fixada no terminal do usuário; variável para todos os usuários do sistema, e logo abaixo demonstraremos como aplica-las na prática:

1 – A variável apenas naquela shell em específico

Caso esta shell seja fechada, a variável será perdida, e em uma nova sessão ela não estará presente:

2 – A variável que é fixada no terminal usuário

Caso esta shell seja fechada, o sistema manterá a variável na memória, e ao ser solicitada, ela será exibida. É importante salientar que neste caso, os comandos mudaram, ficando:

  • setx: Define uma variável fixa para o sistema;
  • set: Ver o valor da variável;
  • nome da variável;
  • ” : Enquanto no outro exemplo nós utilizamos o sinal  “=” para dizer que a variável corresponde ao valor e o ‘%%’ para especificar a mesma, nesta situação, a aspas funcionará como os dois sinais.

Sintaxe: sext nome_da_variável ‘valor_atribuido’

3 – A variável que é fixada para todos os usuários do sistema

Nesta ocasião, além da variável ser fixada e não ser perdida com o fechamento dele, será também fixada para outros usuários do sistema. O comando utilizado será o mesmo do anterior, com a diferença do acréscimo do “/M” no final. Porém, como se trata de todos os usuários, é necessário abrir a shell no modo administrativo:

Sintaxe: setx nome_da_variavel ‘valor_atribuido’ /M

Deletando variáveis de ambiente permanentes

Para deletar as variáveis permanentes que foram criadas, basta digitar a seguinte sintaxe:

Sintaxe: setx nome_da_variavel ” “

Observação: As aspas precisam ser necessariamente duplas:

Definindo variáveis de ambiente por meio da aplicação

Agora que vimos como criar um ambiente de variável no terminal, vamos definir por meio da aplicação seguindo este passo a passo:

1 – Clique no menu de iniciar

2 – Pesquise por painel de controle

3 – Clique em Sistema

4- Vá em Configurações avançadas no sistema

5 – Clique em Variáveis de ambiente

6 – Clique em novo e crie sua variável

Ao entramos no terminal, podemos confirmar que a variável foi criada:

Conclusão

Neste artigo você aprendeu o que é e como criar variáveis de ambientes em sistemas Windows e Linux.

Com isto, você pode usar este conhecimento para otimização do seu tempo e eficiência de trabalho, associando variáveis a diretórios e afins.

Lembre-se de tomar cuidado ao fazer as modificações, e sempre fique atento aos comandos que estão sendo atribuídos aos usuários do sistema.

Bons estudos!

Efraim Moreira

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Bacharel em Administração, formado Técnico em Redes de Computadores e pós graduando em Segurança Ofensiva e Inteligência Cibernética. Pesquisador de segurança da informação e Hacker ético; apaixonado por tecnologia, seu funcionamento e suas inovações. Também escrevo artigos sobre ataques cibernéticos, demonstrando eles na prática para melhor compreensão dos mesmos.


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