Os segredos das grandes realizações na Web – Análise de Ponto de Equilíbrio – Alavancagem Operacional

Como prometido no Artigo anterior desta série de Artigos que auxiliam no processo de empreendedorismo na Web e para aqueles que já empreenderam, estou fazendo a conclusão da Análise de Ponto de Equilíbrio.

Como empreendedor sua meta geral nunca será chegar ao ponto de equilíbrio e sim ultrapassá-los e quem sabe em alta margem de lucro. Por isso vou abordar aqui dois exemplos: o prestador de serviços e o fabricante para exemplificar a “Alavancagem Operacional”.

Alavancagem Operacional está ligada a custos fixos e variáveis, o que são na verdade valores que requerem cuidado especial para posicionamento e momentos decisivos de investimento de um projeto.

O que vamos abordar aqui é o lucro que cada unidade vendida gera após chegarmos ao ponto de equilíbrio.

Alta alavancagem operacional

Alta alavancagem operacional é quando um produto que após algumas centenas de unidade vendidas conseguiu seu ponto de equilíbrio e agora o que vende é subtraído o custo variável e tem-se uma margem de lucro relativamente alta.

Para usarmos de exemplo que tal citar empresas produtoras de Softwares? Legal, estamos usando de exemplo algo mais próximo da nossa área de atuação, então ficará mais fácil compreender.

Os custos fixos neste caso são os custos de amadurecimento da idéia, desenvolvimento, testes e homologação, resultando então em um custo variável de produção conforme demanda de mercado, ou seja, a gravação do Software em uma mídia (CD), ou no armazenamento do software em um servidor para download (hospedagem de dados). Em ambos os casos os custos variáveis de produção (CD ou hospedagem) são baixos comparados ao valor de venda por unidade.

CD = R$0,15 por unidade

Hospedagem = R$0,02 unidade

O custo de venda desse Software é de R$200,00, então:

R$200,00 – R$0,15 (CD) = R$199,85 de contribuição por unidade para o lucro

Assustador, portanto houve um custo de desenvolvimento alto que não podemos esquecer, empreendimento de Alta Alavancagem Operacional normalmente requerem investimentos de desenvolvimento muito altos e de produção mais baixos, o que resulta em margem de lucro muito elevada após atingir o ponto de equilíbrio, só que não podemos esquecer do tempo de permanência/necessidade do produto no mercado.

Baixa Alavancagem Operacional

Logicamente é o contrário da Alta Alavancagem operacional, mais para exemplificar vamos usar uma prestadora de serviços, para ser mais especifico e também falar da nossa área quero usar a minha empresa, a Alpis Consultoria. Empresa que trabalha com consultoria Web e Gerenciamento de projetos. Tive um custo baixo para desenvolver a idéia e o modelo de negócio, isso porque trabalhei e adquiri experiências em outros projetos da área atuando como funcionário e não como prestador de serviços, isso me deu a oportunidade de testar e mesclar idéias e verificar os resultados obtidos com os projetos sem custos e riscos elevados, porém tive que investir em móveis e equipamentos, mesmo que faço uso de um estilo pouco tradicional (no Brasil) de empresa, o Home Office, mas o custo é baixo comparado a outros setores.

Mas meus custos variáveis são elevados para prestação de serviços, por exemplo, a contratação de funcionários, acordo de parcerias, idas e vindas para conclusões de projetos, enfim, custos estes que não se pode mensurar, então podemos entender como setor de baixa alavancagem operacional empresas que seus custos fixos são relativamente baixos e seus custos variáveis são mais elevados, o que faz com que a contribuição para o lucro por unidade do produtos (serviço) vendido seja menor.

Talvez você não compreendeu até aqui a real função desses dois Artigos, ao produzi-los tive um feedback, tanto positivo como negativo, alguns diziam que isso é coisa para ficar em propriedade da consultoria e de administradores, que empreendedores não precisam saber disso, já outros agradeceram e disseram que gostariam de ler mais artigos sobre temas administrativos e de empreendedorismo. Não é fácil agradar gregos e troianos, portanto meu objetivo mais sincero aqui é criar artigos que englobem toda a dinâmica de Empreender na Web. Obrigado a todos, conto com a colaboração de todos os leitores, colaboração esse que seja em forma de crítica, elogios ou sugestões de temas.


Até a próxima.

Não se esqueça de enviar assuntos para meu e-mail de contato ([email protected]), terei prazer em fazer um Artigo sobre o assunto desejado.

Luiz Castro Junior

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Diretor da Alpis Consultoria.
Consultor Certificado 8 Ps - Marketing Digital, Planejamento Estratégico digital, Gestor de Projetos.


3 Comentários

Cris
1

Como assim um empreendedor não precisam saber disso? Você está certíssimo em publicar este tipo de artigo. Parabéns e obrigada. Estas informações são fundamentais para o desenvolvimento de um plano de negócios melhor.

Cris
2

Corrigindo o comentário: “precisa” ao invés de “precisam”. Havia trocado “os empreendedores” por “um empreendedor” e não acertei o verbo. 🙁

Diego Charles
3

Muito boa a sua iniciativa. Nos profissionais da área de TI, as vezes temos certas dificuldades na área administrativa da coisa, pois as vezes é exigido demais da gente o foco na parte técnica geek da coisa, e acabamos por nos esquecer de conceitos básicos. Estou com um start-up também em seu segundo mês de vida, e já calculamos nosso ponto de equilíbrio. A grande vantagem desse ramo, é a oportunidade de comecar com investimentos bem próximo ao zero, pois como ex funcionários, temos a idéia concebida, modelo de négocios, sabemos onde pisar, além de, no meu caso e de meus sócios também, ambos temos nossos home office.
Gostaria de sugerir algo que acredito que para muitos seja bem útil: Como na prática, fazer uma pesquisa de mercado, e descobrir o marketing share de uma determinada área x região ?
Quem quiser entrar em contato comigo: skype: diegocharles_marilia, @DiegoCharles

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