Série O Líder Ágil: Agile Coach e os 3 Mosqueteiros

Olá pessoal, tudo bem?

Felipe Oliveira aqui, escrevendo mais artigo pra vocês. Desta vez, inicio uma série de artigos sobre o Líder Ágil, representado de diversas formas no mercado como Scrum Master, Agile Master, Agile Leader e por aí vai. Nesta série, irei discorrer sobre diversas perspectivas, responsabilidades e atitudes que um líder ágil precisa ter para atingir o time e a organização, para que possa direcionar a eficiência e a eficácia em novos patamares. Neste artigo, faremos uma analogia sobre o Agile Coach e os 3 Mosqueteiros.

Para quem gosta daqueles filmes da década de 1990, sessão da tarde, vai lembrar de um filme sobre 3 mosqueteiros do século XVII vivendo aventuras mortais para salvar o trono da França. 

Na história, escrita por Alexandre Dumas em 1844, o jovem francês D’Artagnan vai para Paris com o objetivo de se tornar um mosqueteiro. Lá, ele acaba encontrando um trio “inseparável” de mosqueteiros, todos irreverentes e com perfis completamente diferentes. Tenaz e habilidoso, D’Artagnan consegue se unir aos mosqueteiros, construindo para si uma carreira de grandes aventuras.

A história é muito boa, mas o que isso tem a ver com o Agile Coach ou liderança?

Bom, vamos fazer uma pequena analogia. É citado em livros e artigos, por especialistas como Alyssa Atkins, framework SAFe, Manoel Pimentel, colocam o Agile Coach como o líder ágil que ajuda a organização durante processos de transição e mudança. Com isso, podemos representa-lo em alguns cenários, modelos de trabalho e referências. Então, vamos lá!

O Agile Coach Aramis

Aramis é um dos mosqueteiros do trio impetuoso mencionado acima. Um soldado contraditório, sem uma vocação declarada como mosqueteiro, porém, um excelente espadachim. Apesar do seu envolvimento com intrigas políticas e romances, Aramis era intensamente adepto dos ensinamentos do clero. Tamanha era sua devoção, que se afasta do trabalho como mosqueteiro para fazer parte da igreja, tornando-se posteriormente bispo da igreja católica.

A reflexão entre Agile Coach e Aramis está na forma de pensar do mosqueteiro “santo”. Ele conhece várias práticas para resolver os problemas do reino, se em algumas destas circunstâncias mas, no final, ele se limita a aspectos pouco práticos, se permitindo atuar somente numa raia muito mais teórica do que prática. 

O Agile Coach não pode se permitir seguir sem prática. Ele deve atuar, construir e direcionar times e organizações a construir produtos e projetos com benefícios superiores, resultados melhores e eficiência diferenciada.

O Agile Coach Porthos

Ao contrário de Aramis, Porthos é um mulherengo assíduo. Nas representações cinematográficas, principalmente, vemos um Porthos apaixonado pela vida, quase peralta, vivendo momentos de emoção e luxúria. É extremamente leal aos seus amigos, com uma força descomunal e dono de uma simplicidade e pragmatismo únicos.

Neste ponto, a reflexão é simples. O Agile Coach requer toda essa emoção, devoção à prática para encarar as adversidades do dia a dia. Porém, diferente de Porthos, que é um rebelde por natureza com relação às crenças e regras mais rígidas, o Agile Coach precisa também recorrer aos valores fundamentais do ágil, aos processos e, vez ou outra, ao by the book, para garantir uma evolução constante, porém sustentável e coerente.

O Agile Coach Athos

Chegamos ao terceiro mosqueteiro. Athos, o mais velho dos 3, é um personagem soturno. Mais sério e pragmático que seus amigos, em momentos de crise e grande perigo, enquanto outros se desesperam ou temem pelo pior, Athos controla suas emoções e age com calma. Mesmo com esse ar mais “frio”, é claramente um líder para o grupo, em momentos de pressão.

Das três representações, Athos tem uma semelhança irreverente, tendo um senso de justiça e liderança pragmáticos e fundamentais, tomando decisões de acordo com a situação, pensando em como fazer as coisas funcionarem numa visão holística. 

Com esta analogia, apesar de simplista, podemos perceber que:

  • O líder ágil pode buscar a teoria e as visões fundamentais, mas precisa coloca-las em prática;
  • O líder ágil tem o dever de aplicar os conceitos, adaptando-os sempre que necessário. Porém, não pode permitir que os modelos sejam deturpados, em prol de uma realidade favorável a estruturas problemáticas;
  • O líder ágil é, e sempre será, uma pessoa pragmática, centrada, que equilibra a teoria com a prática. Lidera as pessoas para o sucesso e as acompanha no fracasso.

E aí? Gostou da analogia? Me diz o que achou!

Grande abraço!

Felipe Oliveira

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Sócio proprietário da Mindset Ágil, Palestrante, professor, gerente, consultor, Scrum Master, Agile Coach e eterno aprendiz. Certificado ASM, P2AP, P2AF, KMP I, PSM I, PSPO I, LITAF, CI-ASP, SCAC, CLF, SFC, ITIL V3, COBIT 5, entre outras.


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