Tecnologias emergentes que irão impactar esta nova década – Parte 1

Com o início de uma nova década, depois de 10 anos de muitas inovações, um questionamento paira na cabeça de muitos profissionais de TI: quais serão as tecnologias que irão surgir e impactar fortemente o mundo?

Impossível prever com precisão, mas o Gartner, através do Hype Cycle, diz que essas serão algumas das tecnologias que irão emergir nos próximos 10 anos.

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Web descentralizada

Hoje a internet nos conecta à diversos servidores centrais que nos permite acessar as informações que queremos, mas esse tipo de acesso pode trazer alguns problemas, como a falta de confiança e controle de informação por governos ou instituições detentoras destas informações.

web descentralizada prega que cada usuário possa armazenar fragmentos de dados que se juntarão em uma espécie de pequenos servidores e envia-los à quem requere essa informação, livre de espionagem ou censura.

Embora ainda esteja em estado prematuro, a moeda digital Etherium fornece a possibilidade de criar sites e aplicações de forma 100% distribuídas entre pontos anônimos da rede.

Organizações autônomas descentralizadas

Não é novidade o termo “equipes autônomas”, mas organizações autônomas descentralizadas fogem totalmente da nossa realidade. Organizações autônomas descentralizadas pregam que as empresas podem ser geridas de forma autônomas através de contratos digitais baseados em blockchain.

Este conceito prevê que todas as ações e regras corporativas sejam controladas através de indicadores nos códigos do contrato (Smart contract). Embora pareça de cultura bem vertical, está proposta permite que decisões em grupos possam ser tomadas de forma mais simples e que será seguida por todos.

Embora pareça uma coisa bem à margem da ilegalidade (sem sede física, operando por criptomoeda e com possibilidade de equipes anônimas) ela pode ser inserida em organizações “físicas” e até governos.

Synthetic data

Como o próprio nome diz, dados sintéticos são dados gerados por máquinas. Ele permite que uma quantidade grande de cenários que dificilmente seriam captados no mundo real possam ser simulados através de máquinas.

Essa rede neural profunda criará seus próprios algoritmos para criar um ambiente de aprendizagem mais veloz e incisivas em situações de constante mudanças. Hoje os dados sintéticos já são usados em empresas como a Uber e apresentam um nível de aprendizagem 4x maior que os dados reais.

Edge IA

O Edge IA é a junção de duas tecnologias que já existem e são populares, a Edge computing com a inteligência artificial. Ela é conhecida como inteligência artificial de borda, pois consiste em ter equipamentos IOT equipados com sensores e computadores que possam tomar decisões de forma autônoma, sem precisar de um servidor central para “dar ordens”, o que elimina grande parte do tempo de resposta desses servidores.

Ao processar dados no próprio local, evita possíveis problemas com interrupção de transmissão e armazenamento de muitos dados na nuvem e reduz o consumo de energia dos equipamentos IOT.

Augmented human

Na primeira partida da copa do mundo no Brasil pudemos presenciar de forma breve, em um ponta pé inicial antes da partida de estréia da seleção brasileira, um robô desenvolvido para aplicar a capacidade física de humanos.

Apesar de já estar presente de certa forma à nossa realidade, o instituto Gartner prevê que a tecnologia tenha um período de até 5 anos para entrar no platô da produtividade.

Essas são algumas das tecnologias apontadas pelo Gartner para a década de 2020. Você apostaria em outra que não está na lista? Qual?

Victor Hugo Formiga Martins

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Victor Martins possui MBA de Gestão Estratégica de TI pela Fundação Getúlio Vargas, Bacharelado em sistemas da informação pela Unieuro-DF e tecnológico em em Redes de Computadores pelo IESB. Atualmente ocupa o cargo de gerente de contas de TI e acredita que o compartilhamento de informações poderá impactar positivamente a vida profissional de muitos.

MBA | CPRE-FL | TOEFL ITP B2 | Green IT Citizen | DevOps (DEPC) | SCRUM (SFPC) | CREA | Exin DevOps Master


2 Comentários

StartPC
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O que sensores incorporados, sites de comércio eletrônico, plataformas de mídia social e serviços de streaming têm em comum? Todos eles produzem grandes volumes de dados, muitos dos quais viajam pela Internet. De fato, a Cisco estima que o tráfego IP global crescerá para 3,3 zettabytes anualmente até 2021 – três vezes mais que o tráfego da Internet em 2017.
Para muitas empresas, esses pacotes de dados representam um tesouro de informações acionáveis, desde as preferências de compra dos clientes até as novas tendências do mercado. Mas, à medida que o volume e a velocidade dos dados aumentam, também aumenta a ineficiência de transmitir todas essas informações para uma nuvem ou data center para processamento.
Simplificando, a Internet não foi projetada para levar em consideração quanto tempo um pacote levará para chegar ao seu destino. Para complicar, o vídeo do novo sobrinho de seu funcionário está viajando exatamente pela mesma rede que os dados críticos para os negócios. O resultado: latência da rede, largura de banda dispendiosa e desafios de armazenamento, segurança e conformidade de dados. Isso é especialmente verdade no caso de tráfego com atraso, como voz e vídeo.
Chegando à fonte
Não é de admirar que as empresas estejam cada vez mais se voltando para o limite para resolver desafios na infraestrutura de nuvem. Os data centers de borda funcionam aproximando o conteúdo com grande largura de banda do usuário final e os aplicativos sensíveis à latência mais próximos dos dados. Os tipos de computação de ponta variam, incluindo dispositivos locais, data centers localizados e data centers regionais. Mas o objetivo é o mesmo: colocar os recursos de energia e armazenamento da computação diretamente na borda da rede.
De fato, a pesquisa da IDC prevê em 3 anos que 45% dos dados criados pela IoT serão armazenados, processados, analisados ​​e agidos próximo ou na extremidade da rede e mais de 6 bilhões de dispositivos serão conectados à borda solução de computação.
Do ponto de vista da tecnologia, a computação em borda oferece várias vantagens importantes. Ao transformar a computação em nuvem em uma arquitetura de nuvem de computação mais distribuída, as interrupções são limitadas a apenas um ponto da rede.
Por exemplo, se uma tempestade de vento ou um ataque cibernético causar uma queda de energia, seu impacto seria limitado ao dispositivo de computação de borda e aos aplicativos locais nesse dispositivo, e não à rede inteira. E como os data centers de ponta estão próximos, as empresas podem obter maior largura de banda, menor latência e conformidade regulamentar em torno da localização e da privacidade dos dados. O resultado é o mesmo grau de confiabilidade e desempenho dos grandes data centers.
A computação em borda também oferece benefícios comerciais a uma ampla variedade de setores. Os varejistas de hoje contam com uma presença on-line 24 horas por dia, 7 dias por semana, para oferecer experiências superiores aos clientes. A computação de borda pode impedir interrupções no site e aumentar a disponibilidade para otimizar o tempo de atividade do site. Ao garantir que os operadores do chão de fábrica permaneçam conectados aos sistemas da planta, a computação de ponta pode melhorar a eficiência operacional de um fabricante. E para os profissionais de saúde, a computação de ponta pode colocar a computação perto de um dispositivo, como um monitor de freqüência cardíaca, garantindo acesso confiável a dados possivelmente relacionados à saúde, que podem salvar vidas.
A velocidade com que o mundo está gerando dados não mostra sinais de desaceleração. À medida que os volumes aumentam, a computação de ponta está se tornando mais do que uma necessidade de TI; é uma vantagem competitiva crítica no futuro.
Atenciosamente
StartPC

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